ÍNDIO
GRIS UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2001 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS ÍNDIO GRIS
É PRODUTO ÍNDIO GRIS Nº 54 ANO II EDITORIAL Hoje começamos
nosso segundo ano de vida e esperamos poder modificar algumas coisas. ONDE ESTARÁ O AMOR? O
amor. O Amor. Quantas
vezes Todos
os corpos Todas
as máscaras Te
busquei entre os pobres Depois
não te busquei mais 28 de janeiro de 1977, Madrid Que
te dê asco minha escritura, A poesia fará seus estragos. A
fuga não será possível, Bebei,
bebei meu sêmen, Temer, 30 de janeiro, à tarde, Madrid 1977 Volto porque voltar é minha função. Sei
que ninguém necessita de nosso amor Há um lugar do homem onde a carne volta a ser soberana. Partirei
teu corpo em dois, 30 de janeiro de 1977, à noite, Madrid Submerjo minha cabeça na espessura e só teus uivos me lembram a vida. Detenho, Jogo
infernal dos amantes: Álcoois, álcoois luminosos e
ainda, outra mais deitada ao meu lado no outono Madrid,
30 de janeiro de 1977, Outra vez teu pranto me anuncia o cálido espaço das repetições. Morte contra morte, dor contra dor. Golpeio
sem piedade o universo de tuas formas, O amor não existe E
não existe nenhuma boa razão para viver Teremos
pão e leite e do passado
Um homem de uns trinta anos, psicólogo. Hoje chegou três minutos antes e começou a falar da vontade de poder. Eu tomo meu chá lentamente. O paciente, entretanto, diz que há uma fratura, não sabe bem onde, entre o profissional e o intelectual. - Ontem em lugar de fazer amor com minha mulher me pus a trabalhar na segunda sessão de meu segundo paciente. - Me dou conta, sem dizer-lhe nada, de que o paciente busca a possibilidade da escritura. - O cheiro da marihuana -diz o paciente-psicólogo- como qualquer outro incenso me faz pensar que estou num templo. Esta manhã li no jornal uma seita que praticava vasectomia, abortos e troca de casais. Agora me vem um pênis à boca e o estou chupando, lembro que mataram um da seita lhe enviando uma serpente pelo correio. Ontem estive na clínica com minha mulher e não está grávida e então nos recomendaram mais comprimidos e mais análise de mucosas e mais radiografias. Terminamos discutindo com minha mulher. Eu penso, sem dizer nada, que ele não quer ter um filho com essa mulher, senão com outra. - Não sei, agora, sinto como um alívio, como se estivesse voando de alguma maneira, como com o corpo totalmente relaxado, como uma sensação de expansão. Você doutor, não pensou nada? Me senti descoberto pelas últimas palavras e lhe disse sem saber o que dizia: - Sim, pensei que você não pode engravidar sua mulher, porque você quer ter um filho comigo. Silêncio e, depois, com um tom de tristeza como que distanciado das palavras: - Sabe uma coisa doutor? Minha mulher não quer ter relações anais. É um pouco constipada. Não conquistou todavia esse buraco para o gozo. Além disso eu manifesto certo asco pela merda. e certas repulsas de me sentir manchado pelo sêmen depois da ejaculação, ou os cheiros, ou inclusive a higiene do próprio corpo. Outra vez me aparece um pênis próximo da boca e o chupo. Penso, sem dizer nada, como isso estará relacionado isso com as tetas de sua mãe. - Vi a minha mãe lavando sua cabeça sem blusa e sem sutiã, ao virar-se para me dizer que não entrasse me mostrou os peitos e eu me masturbei com eles. Também me masturbo às vezes com imagens de algum homem em certo estilo em relação a meu pai. Imaginava as relações homossexuais entre tartarugas. Tenho a fantasia neste momento com você, de me perder em algum acontecimento. Me pergunto se esse corpo que acaricio nele, é o corpo de meu pai morto ou de minha mãe anciã. Às vezes penso que minha mãe tem pênis, às vezes em sonhos, procuro entre as pernas de minha mulher um pênis.
Bati uma punheta com a minha mão e com a mão dela. Estávamos muito excitados. Isto ocorria depois de ter feito duas ou três vezes amor e ter lhe fodido o cu primeiro com um dedo, depois com dois, logo com a ponta da pica e uma quarta vez, depois de esfregá-la longo tempo pelas nádegas que ela movia inquietamente, metia nela até os ovos e comecei a empurrá-la contra a parede. - Vou morrer, disse ela, vou morrer. - Eu diminui o ritmo e sem acabar interrompi a operação. Chegamos ao banheiro cambaleantes, ela se sentou como para cagar e me disse: - Pelo cu é um gozo brutal e eu que acreditava que era só para cagar. Tão brutal era o gozo que quase desmaio. Logo deu dois ou três peidos e se tranquilizou bastante. Aí foi onde eu desabotoei a bragueta outra vez e saquei a porra e comecei a meneá-la; quando a tinha bem parada disse a ela: - Vamos nena, goza comigo -e, para ajudá-la, com a mão livre a apertava os mamilos. Não temas, estou arrebatado de haver podido tanto. Eu sou aquele que veio para morrer.
Zapatero propõe mais orçamento e uma Constituição para a Ultra Espanha. * * * * * Rajoy suaviza a Lei do
Estrangeiro enquanto expulsa mais
nigerianos. * * * * * Os britânicos começam a perder o medo da Europa e a usarão como arma eleitoral. * * * * * Jospin reconhece que simpatizou com o trotskismo depois de tê-lo desmentido. Pois ninguém o diria! * * * * * Matas declara diante do Parlamento, balear a todos os contrários * * * * * O PP atribui ao PSOE uma ilegalidade por dar a conhecer os votos de falecidos. Entre vocês, os de esquerda, como morrem é legal dizer que os mortos não votem, mas entre nós os do PP que pensamos em governar por mais de 20 anos, os mortos, sim, votam. * * * * * Aznar tacha de "infantil" a proposta de Zapatero de comprar carros de choque. Zapatero lhe responde que é mais infantil pedir peras ao olmeiro. * * * * * Um tribunal de Madrid nega a um cidadão um DNI em catalão e no resto da Espanha negam a um semfim de cidadãos um DNI em árabe, chinês, iugoslavo, polaco, colombiano, russo, venezuelano, argentino... * * * * * Os juízes tratam pior às vítimas da violência se são casais de fato e melhor se são casais desfeitos. * * * * * Europa lidera a tecnologia das observações ótica e infravermelha do céu mas não sabe nada da terra. * * * * * Fomento estuda construir o novo túnel da AVE por debaixo da rua Serrano para que também se derrube algum edifício da rua Serrano. |