Revista semanal pela Internet ÍNDIO GRIS
Nº 410 - ANO 2009 – QUINTA-FEIRA 5 DE MARÇO
UNE – DIRIGE – ESCREVE E CORRESPONDE:
MENASSA 2009
NÃO
SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO... PORTUGUÊS... ITALIANO...
e alguns números, também, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO...
ÍNDIO GRIS
É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO
DO SÉCULO XXI
Indio
Gris
ÍNDIO GRIS Nº 410
ANO IX
ENTREVISTA COM MIGUEL OSCAR MENASSA
NA VANGUARDA
"A criminalidade está muito ligada com o amor"
Este médico,
psicoanalista, pintor, escritor, poeta e cineasta esclarece que
deveríamos usar o termo maltrato familiar em vez de violência de
gênero
Marta Cuatrecasa
| Barcelona | 02/03/2009
Médico, poeta, escritor, pintor, ator e diretor. O Dr. Menassa
parece um homem saído do Renascimento. Dirige uma escola de
psicoanálise e poesia porque considera que o terapeuta deve saber
escrever para transmitir sua interpretação e conhecer o imaginário
universal que te oferece a literatura. Sua escola participou no X
Congresso de Psicoanálise onde se fez uma aproximação ao conceito de
maltrato familiar. Segundo o Dr. Menassa, o termo violência de
gênero não é correto quando se fala do maltrato entre um homem e uma
mulher.
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comentário clica
na foto.
O Dr Miguel Oscar
Menassa assegura que
ainda existe muito
machismo nas
instituições de
nossa sociedade.
Violência
familiar?
ciúmes, inveja e
amor. É muito
difícil encontrar um
caso de uma mulher
maltratada por um
homem que não esteja
apaixonado. A
criminalidade está
muito ligada com o
amor.
Crê que com a nova
lei estamos dando
conta do problema?
Creio que segue
havendo muito
machismo.
Não dizia que o
maltrato realizado
por um homem a uma
mulher não é por um
tema de machismo?
Me refiro a que
há muito machismo na
sociedade, isto é,
nas instituições que
devem proteger a
mulher.
Por exemplo:
Um juiz deua
razão a um homem
porque a mulher,
vítima de maltrato,
ia bem vestida,
"excessivamente"
maquiada, usava
brincos. Segundo o
juiz, era uma
provocadora.
Deve ter ocorrido há
anos!
Se não me
engano, há só dois
anos, na Espanha. É
aí onde está o
machismo e não no
assassinato ou
maltrato. Vivemos
numa sociedade de
homens, criada por
homens, legislada
por homens. Quando a
mulher engana, a
matam, o homem,
ganha prestígio.
Então, a lei contra
a violência de
gênero não funciona?
Eu creio que não
porque se não, como
seria possível que
com uma ordem de
distanciamento a
mulher acabe
morrendo igual?
Quero entender e não
entendo. Segue
havendo o mesmo
número de vítimas.
Tão somente varia em
uma ou duas mortes.
Como psiquiatra, que
solução propõe?
Há que evitar
que as mulheres
estejam em contra de
todos os homens, já
que não serviria de
nada. Temos que
reforçar a mulher e
lhe ensinar a cuidar
suas relações
amorosas para que
não se desviem.
Recordo um filme
espanhol "Te dou
meus olhos" onde
mostra claramente
que quando a mulher
começa a depreciar o
homem ele deixa de
maltratá-la. Só
quando se submete,
ele a maltrata. A
mulher deve ter seu
espírito fortalecido
para poder decidir e
se liberar.
A mulher pode se
salvar, e o homem?
Sou muito
negativo porque
poucas vezes vi bons
resultados. O
criminoso deve
seguir uma
reabilitação e
terapia estritas e
ainda assim é muito
difícil. No último
trimestre saíram
três castigadores
reabilitados, mas
voltaram a
reincidir.
Existe salvação para
o casal?
Só se existe um
inicio de maltrato,
mas se é crônico ou
prolongado é
impossível. Neste
caso a única
salvação é a
separação de ambos e
resguardar a mulher.
Estou escrevendo um
livro para
demonstrar que
quando as denúncias
são tardias, há
muita probabilidade
de que a mulher
acabe sendo
assassinada. Depois
de 10 ou 15 anos de
má convivência, as
coisas que se
disseram, as coisas
que sabem, é muito
mais difícil de que
a mulher escape.
Quando uma mulher
deve pedir ajuda?
No primeiro
castigo, não há
dúvida.
Uma bofetada?
Não! Uma
bofetada, um
empurrão leve, são
só más palavras.
Falo de uma surra.
As mulheres que
atendemos vêm
machucadas, com a
mandíbula quebrada,
olhos arroxeados,
etc.
O que me diz do novo
maltrato familiar, o
de filhos a pais?
As crianças não
nascem nem boas, nem
más, se tornam
maltratadotes e é
responsabilidade da
família e da
educação. Isto que
está acontecendo
agora está forjado
por cinquenta anos
de uma educação
vitoriana onde se
usava a força para
castigar uma
criança. Agora
trocaram os papéis.
Não é culpa das
crianças, mas há que
revisar o sistema
educativo e a
televisão…
Tanto dano faz a
televisão?
Muito. A
televisão só mostra
as más notícias.
Isto gera que
desconfiemos de
tudo: mestres, pais,
chefes. A televisão
não ensina a se
defender do mal com
o bem, e não com o
mal.
És médico ou poeta?
Desde os treze
anos sou poeta, mas
levo mais de
quarenta anos como
médico.
Fale-me da escola de
psicoanálise e
poesia que fundou e
dirige.
Nós estamos em
sintonia com uma
corrente que diz que
a poesia é um
instrumento do
conhecimento. A
poesia é uma maneira
dramática de
transmitir ao futuro
como estamos vivendo
o presente. Na
escola os alunos
aprendem a carreira
da psicoanálise e a
escrever poesia. É
uma carreira muito
escrava porque
usamos a psique do
terapeuta como
instrumento e tem
que estar bem
limada, polida.
O que tem em comum a
psicoanálise e a
poesia?
Ambos partem da
realidade para falar
do imaginário, mas
no caso da
psicoanálise este
imaginário é mais
restrito já que não
fala de todos os
inconscientes, só do
sexual. Por outro
lado a poesia maneja
todo o imaginário
universal. Nossos
alunos aprendem que
a interpretação será
analítica, mas a
escuta deve ser
poética.
Que método se segue
para curar um casal
que sofre maltrato?
Ele ou ela falam
com o psicoanalista
e este intervém só
quando faz falta. O
mais interessante é
que o próprio
paciente consegue
falar de coisas que
nunca se teria
imaginado e que
afloram durante a
conversação. Não é
como curar uma
tuberculose onde o
médico pode obrigar
o paciente a se
curar com medicação.
Com a psicoanálise a
pessoa terá vontade
e quererá se curar.
Poeta, escritor,
médico, diretor. És
um homem do
Renascimento.
Prefiro dizer
que sou
pluri-empregado.
O que resta de seu
futuro? Ficou algo
por fazer? Não.
Seguirei com o que
estou fazendo, que
não é pouco (risadas)
Podes ler a
entrevista e deixar
teu comentário em:
http://www.lavanguardia.es/ciudadanos/noticias/20090302/53649108664/la-criminalidad-esta-muy-emparentada-con-el-amor-renacimiento.html
Até a próxima.
Índio
Gris
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