Revista semanal pela Internet ÍNDIO GRIS
Nº 398 - ANO 2008 – QUINTA-FEIRA 11 DE DEZEMBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2008

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO... PORTUGUÊS... ITALIANO...
e alguns números, também, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO...

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO

O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA

A FUSÃO COM MAIS FUTURO
DO SÉCULO XXI

Indio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 398

ANO IX

 

Eu acuso?
ou
o mundo inteiro caminha para trás?

 

* * *

ODE  AOS CRÍTICOS

 L.A.M.

Salpicaram seu rosto as palavras,

queimaram-lhe os olhos com bengalas,

lhes surpreendeu a noite roubando entre seus livros

uma frase, uma só, para iluminar

a obscuridade de seus peitos vazios.

 

Lhe amavam com um amor tão ácido,

que azedaria o leite das puérperas,

sonhavam com suas mãos acariciando

mulheres adormecidas.

 

Mulheres que o amaram

porque no forno

cozinhava cada noite a carne de seus versos

nas incandescentes brasas da poesia.

 

Os deixou com a palavra oca

o ódio que reveste artérias e paredes,

que franze cenhos e calcina fígados,

a inveja que recorre a vontade suas veias,

que pasta nas pradarias de seu azul ignorância.

 

O bacilo  da peste

que mora em suas aurículas.

São Midas invertidos e patéticos;

quisessem que o ouro que os toca se tornasse gangrena

pestilenta. 

 

Arcanjos, não caídos, expulsos a patadas de um céu

inexistente,

demônios do sentido,

furibundos inquisidores que fazem arder os versos na fogueira.

 

Perfurais na busca da última célula

com vossa mão flácida

que não dá para o poema,

com a mão murcha entre as pernas.

 

Acrobatas do tédio,

sexo morto sobre língua bífida,

malabaristas da demagogia,

polvos de sete braços

 

Mancos célebres…


 

* * *

Querido Índio Gris:

Li o número anterior de sua revista virtual, e o primeiro que pensei foi: a generosidade que mostra em sua revista oferecendo, a todos os leitores, poemas como: "Ode à Crítica " e "O Carnaval do Cine".

E digo generosidade, pois graças a sua presença, querido Índio Gris, aqueles que desejamos aprender, seguir crescendo e não cair fagocitados pela ignorância, ignomínia e ideologia do fanatismo, temos com você, a possibilidade de conversar e criar. As reminiscências do fascismo permanecem em: alguns críticos do cine, imprensa amarela do desporte e antologistas ignorantes da poesia.

Quero, com permissão da autoridade e se o tempo o permite, lidar esta traição da melhor maneira possível que aprendi, citando desde o centro da questão, o lido no jornal El País imprensa que, reconheço, habitualmente leio.

Resgato a seguinte notícia de primeiros de novembro do presente ano: "El País te apresenta a melhor poesia numa coleção única. El País te oferece a poesia mais relevante em língua espanhola, uma completa antologia poética do século XX....." E na continuação uma lista de 30 poetas, encabeçado por: "a mais completa antologia poética do século XX".

Quê barbaridade!

Os próprios poetas selecionados, teriam aconselhado o jornal, escreva: "uma relação de alguns dos poetas mais relevantes" ou algo similar.

Desde meu humilde lar, quero dizer ao País e de passagem ao senhor Caballero Bonald, que dirige e seleciona a coleção, que conheço a 27 dos trinta poetas que ele seleciona, mas me surpreende que não se encontrem outros poetas tão grandes ou muito melhores dos antologados.

Primeiro pensei, o jornal não tem dinheiro para publicar por exemplo cem poetas em língua castelhana, mas então por que publicam poetas de segunda categoria. Não será que não conhecem outros poetas em língua castelhana do século XX? Tais como: Damaso Alonso, Jorge L. Borges, Leopoldo de Luis, Manuel Altolaguirre, Gabriel Celaya. Não conhecem estes poetas? Não posso crer!! Posso continuar enumerando: Enrique Molina, Germán Pardo García. Não conhecem estes poetas? Que barbaridade!

Então quando dizem completa antologia poética, fazem como os neuróticos para os quais "todo mundo são três ou quatro pessoas, geralmente seus familiares".

Que mentira! Dizer: a poesia mais relevante, e posso seguir enumerando, mas me pergunto: por que não pediram conselho aos poetas? É tão difícil pedir assessoramento aos profissionais que trabalham, difundem e transmitem a poesia na Espanha e fora de nossa pátria há mais de trinta anos?

Senhores, temos Constituição há 30 anos! Onde se diz que todos os espanhóis temos direito a ler poesia.

Tampouco leram a Constituição? E não conhecem Dom Rubén Dario, pai de poetas, e a Pedro Bonifacio Palacios, tampouco... Bom, lhes darei uma pista, conhecido por Almafuerte, e a García Nieto, a Carilda Oliver Labra, Oliverio Girondo, León Felipe, Raúl González Tuñón, Juan Gelman, Nicanor Parra, José Lezama Lima, Aldo Pellegrini, e meus companheiros darão outros nomes, a poesia se escreve entre todos.

Obrigado Índio Gris.

Um dos milhares leitores de Índio Gris e seus blogs.

 

* * *

O carnaval dos críticos I e II.
MENASSA - KEPA RÍOS e a Murga dos Grudes da Flórida.

 

 
 

* * *

Até a próxima.

 

Índio Gris

 


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