Revista semanal pela Internet ÍNDIO GRIS
UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2008 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMASCASTELHANO... PORTUGUÊS... ITALIANO... e alguns números, também, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO...
ÍNDIO
GRIS
É PRODUTO
O BRILHO DO GRIS DO SÉCULO XXI
ÍNDIO GRIS Nº 384
-Edição limitada- Reserve seu exemplar
PRÓLOGO Neste livro de Miguel Oscar Menassa, Aforismos y Decires (1958-2008), está reunida uma parte de sua produção que não deixará indiferente a ninguém. O leitor encontrará nele frases que comovem, outras que irritam, outras que parecem estar dirigidas a quem lê mesmo e, ainda, há algumas que são verdades insuportáveis. Sob os efeitos destes sentires, que o leitor não poderá deixar de sentir, pode abandonar a leitura e retomá-la, quase imediatamente, recordando que, para o autor, os pensamentos, as idéias, não tem que se deixar influir pelos sentimentos. Menassa não está neste livro. Seu eu, sua vida, suas opiniões não estão neste livro. A ausência do autor permite que as idéias, os pensamentos, apareçam nítidos, mostrando com clareza como foram produzidos. Não só idéias ou verdades podem ser encontradas neste livro senão o modo com que foram produzidas. Idéias que mostram, com clareza, de onde provém e quais são suas ambições futuras. Sua inteligência, poderíamos dizer notável, tem o dom do deslocamento. A poesia, a criação, o amor, o desejo, o trabalho, a paternidade, a maternidade, a mestria, a solidão, o dinheiro, a crueldade, a política, a ideologia, o sexo, a diversão em geral, o futebol, a amizade, se vêem definidos em frases, às vezes, de uma limpeza teórica incrível e, outras vezes, se sentem tocados, postos a descoberto, por frases comuns, inocentes e, talvez, por isso parecem verdadeiras. O livro tem ao menos uma frase para cada um dos grandes e mais queridos acontecimentos da vida do homem atual: seus fracassos, seus triunfos, seus ódios, seus amores, a profunda tristeza da morte e, ainda, palavras para o gozo, para a alegria. A mulher neste livro é livre, trabalhadora e mantém firmes seus desejos na alegria, mas também, na dor. As datas colocadas na portada do livro (1958-2008) dizem, com clareza extrema, que Menassa nos apresenta um livro que abarca cinqüenta anos de sua vida. Cinqüenta anos de vida, de escritura, deveriam ser suficiente motivo para ler este livro.
Editorial Grupo Cero
ANTECIPANDO
1. Se é possível o poema, é possível a vida. 2. Quem repita o fato, jamais a encontrará. 3. Quando tudo está destruído, a única possibilidade é poética. 45. Quero o poder de ter te transformado e não o domínio sobre os efeitos de tua transformação. 47. A guerra não tem vítimas humanas, ainda que se contem por milhões; o que cai numa guerra são livros, páginas escritas, pensamentos. 49. Nenhuma loucura é magistral, quer dizer, nenhuma loucura pode deixar nenhum ensinamento. 251. Poético não é só articular o sentido, senão deixar escapar o sentido da cadeia que o sustenta como sentido. 252. Nenhum sentimento atual poderia ser sustentado como tal sentimento, em nós, se transformamos nossos modelos ideológicos. 410. A burguesia tem seus encantos, mas disso sempre nos falaram os intelectuais. 666. Ser consciente, diz Freud, é, e primeiro lugar, um termo puramente descritivo. A consciência é um estado eminentemente transitório. 986. Poesia, mais que uma dança para ser bailada por todos, uma dança que tenha, de todos, o movimento mais preciso. 991. O homem é inatingível. Apodrece e não apodrece. Morre e canta ao mesmo tempo. Se deixa voar e para cair, pesadamente, corta suas asas. 995. Para que a vida possa ser outra vida, é imprescindível que a sexualidade seja outra sexualidade. 1043. Utilizar o dinheiro não significa, exatamente, gastá-lo. 1559. Quando envelheça quando minha pele caia porque sou incapaz de sustentá-la então, minha palavra, levantará a voz. Agonizando, o canto se faz mais forte que vivendo.
-Edição limitada- Reserve seu exemplar
ISTO É PUBLICIDADE
***
* * *
* * *
* * *
* * *
* * *
* * *
* * *
|