Revista semanal pela Internet INDIO GRIS
UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2008
NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
ÍNDIO GRIS
É PRODUTO
O BRILHO DO
GRIS
A FUSÃO COM
MAIS FUTURO
ÍNDIO
GRIS Nº 372 ASSIM FALOU ZARATUSTRITA EM 2000
Quarta-feira, 4 de outubro de 2000 Querida, querida: Um homem morto, também é um homem vivendo com medo. Por isso, precisamente, amor meu, declaro a liberdade, e habito sem nenhum decoro a roupa dos soldados mortos. Esses soldados, feitos ‘a terra sangue de tantos como nós, terra nossa, essa terra dos soldados mortos pela liberdade. Pátria minha, terra arrasada, céu tornado carmim, carmim de morte. De baile, carmim de baile, mas até morrer. E ela se deixava arrastar tudo quanto podia e eu a beijava e ela beijava os lábios mortos dos soldados na guerra e um que outro morto relaxava e morria em paz e algum se abraçava com fúria a teus lábios e teu sangue fresco, margarida que nunca deixa de cair, roçava o porvir de próximos encontros e a besta, sem estar saciada nem agradecida, deixava de pulsar, morria, por hora, para poder viver no futuro. Fui separando-a do resto e contra a parede do fundo, onde a enredadeira acreditava que trepava, tapei com uma mão sua boca para que não gritasse de surpresa e lhe disse, tranqüilamente, que a amava e ela se deixou cair, boca de ninguém, morta pela guerra, num verso de dor e atravessou meu medo para sempre. Até quinta-feira.
Indio Gris
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