Revista semanal pela Internet
Índio Gris UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2007
NÃO SABEMOS FALAR MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
ÍNDIO GRIS
É PRODUTO O BRILHO DO GRIS
A FUSÃO COM MAIS FUTURO
ÍNDIO GRIS
Nº 357
ASSIM FALOU ZARATUSTRITA EM 1976
Querido: PERVERSÃO E VERDADE
Abro minhas entranhas
para buscar entre meus líquidos orgânicos, teu nome inocente, teu
nome primeiro, o que te nomeava antes dos odores de carmim.
Não há supostamente
nenhuma necessidade de significante para ser pai, como tampouco para
estar morto, mas sem significante, ninguém, de um e de outro desses
estados de ser, saberá nunca nada.
Dela quero tudo. Sua
carne e sua alma, sua história e seu futuro. Nenhum gesto, nem uma
palavra, nem sequer um calor que não seja de seu Rei, amante
amantíssimo.
Saber que a lei do perverso é uma lei aceita e repudiada, é como uma manhã opaca e sem luz, não é suficiente para condenar ninguém. Sei que possuo idéias claramente revolucionárias acerca de tudo que lhe aconteça e lhe possa acontecer ao homem de minha época e, no entanto, uma trava neurótica cega meu ser. Terei que perverter algum sentido ou em minha escritura não haverá gozo. Me solicitaram amavelmente um escrito sobre Perversão para publicar numa revista, «Eu» disse que sim. Meus amigos (GRUPO CERO) disseram que era uma coisa boa para mim, como um reconhecimento da Cultura? Ou Perversão? «Eu» me perguntei várias vezes, o que pedia quem falava no pedido? Porque falar, aos 35 anos, do que me havia proposto falar aos 45 anos, será um reconhecimento da Cultura ou um interrogatório? Sei também que quando tinha 25 anos fiz alardes deste mesmo tesouro que agora pretendo ocultar outros 10 anos mais. Eles leram o escrito. Eles disseram que não. De começar, começaria dizendo que tenho uma arte para viver. E que isto foi possível porque foram possíveis os primeiros desvios, porque foi possível perverter meu destino. E se pouco a pouco irei aceitando meu polimorfismo nos lugares onde a cultura coloca a palavra perverso, devemos ir aceitando também pouco a pouco, vosso ser uniforme, lugar onde Ela fala de uma completude que nós sabemos que só se alcança com a morte.
Recordo mãe amada tuas
tortinhas de batatas. Ontem comi pela primeira vez tortinha de
batatas com cebola. Me distancio de vós, perverto meu ser.
Te escuto.
Toda interrupção tem seu
sentido. Até quinta-feira.
Índio
Gris
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