Revista semanal pela Internet ÍNDIO GRIS
Nº 348 - ANO 2007 - QUINTA-FEIRA
22 DE NOVEMBRO

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2007

NÃO SABEMOS FALAR MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS  IDIOMAS
CASTELHANO... PORTUGUÊS... ITALIANO...
e alguns números, também, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO...

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO

O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA

A FUSÃO COM MAIS FUTURO
DO SÉCULO XXI

Indio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 348

ANO VIII

 

EDITORIAL
 

ASSIM FALOU ZARATUSTRITA

 

AO GRUPO CERO EM GERAL

 

COMECEI A ME DAR CONTA
 

Comecei a me dar conta de que não era livre.
Ninguém tolerava que aos 67 anos,
amasse o amor em lugar de fazê-lo.

Ninguém tolerava que aos 67 anos,
todavia amasse a liberdade
que nunca havia conseguido.

Nem eu mesmo aos 67 anos
posso amar meus desejos sexuais.

E depois, as tardes de domingo,
me deixava cair como uma flor murcha
para que ela me pisoteasse e nunca, ninguém,
nem sequer ela mesma em seu tremor,
podia tolerar minha ressurreição.

E eu me alçava como os que sabem voar
e já tinha 67 anos e sempre me via cair
mas a vida mesma é uma só para todos
por isso houve dias que algo em mim não caia.

Ela, rezando ajoelhada
e eu, alçando-me na frase
até tocar sua alma,
seu ventre
sua canção.

Ai estavam as luzes e éramos todos cegos.

Ninguém podia ver além de seu amor.

Ninguém podia chorar por desgraças alheias.
Ninguém poda dar comida ao faminto,
nossa desgraça levava tudo.
Nunca houve justiça entre nós
e jamais conhecemos a liberdade,
somos um povo morto,
desde o começo nunca houve pão.

Assim eram as frases que ela recitava
quando, valentes, fazíamos amor.

E ninguém tolerava que nosso amor
fosse esse suave galope cibernético
aos 67 anos
quase sem pernas
sem ganas de voar
se cabelos ao ar
sem mãos ao uníssono
gravando em teu corpo
as marcas do tempo.
Aos 67 anos,
quando fazíamos amor
tudo era alucinação
verbo e loucura.

E o pior de tudo
era que ninguém podia suportar,
nem sequer ela mesma,
que eu a olhasse nos olhos
durante as refeições,
no banho,
um momento antes de parir,
filho ou poema,
e a olhava nos olhos
quando fazíamos amor
e isso, na verdade, a enlouquecia
e seu gozo era magistral e novo
mas nunca pode tolerá-lo.

Um dia me disse claramente:
não suporto que aos 67 anos
sejas tão feliz.

Até quinta-feira. 

Índio Gris

 

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