Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 319 ANO 2006 QUINTA-FEIRA
14 DE DEZEMBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2006

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº319

ANO VII

EDITORIAL

AMORES PERDIDOS

IV

Aplacado pela fome cresci profundo,
cheguei a tocar, no centro da terra,
na borda, exata, da vida plena,
o fogo máximo, os calores extremos.

Fui expulso do centro mesmo da terra,
por ambições de mineiros e comerciantes.
As águas me levaram até onde o oceano,
se desdobra, sobre si mesmo, para ser o amor.

Nessa negra profundidade turbulenta, 
onde não havia, um cume possível, 
da perfeita rocha surgiu meu corpo.

Pescadores e governantes me expulsaram do mar. 
E, ainda, fogo vulcânico, terra, água desesperada, 
vôo, agora, perfilando-me vento, letra futura.

 

            Amores perdidos. Os Índios IV

 

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR

 

EU PECADOR
III

Amava as andorinhas
porque aprendi delas voltar no verão. 
No verão amava nas areias
a marca de teus pés.

Odiar
odiava somente o cheiro dos mortos.

Uma tarde mataram meu primo pelas costas 
"Mão de ferro" o chamavam
Miguel, Miguel, meu bem amado e doce camarada.

Montavas a cabalo como o "Ermitão Solitário" 
único e elegante
nas terríveis guerras do verão 
me falavas de teu corpo
de teu corpo nu entre os cães 
os cães ladram à roupa, me dizias. 

Nu alguém é um cão mais. 

Deixar a casa do avô.
Esquecer-me do pátio e da figueira
não recordar jamais o gosto da menta 
foi um golpe baixo da vida.


E vieram depois silenciosas mulheres
a violentar em minha recordação teu nome. 
Veio depois tua morte traiçoeira. 
Me contaram tua cara extraviada de surpresa 
porque esperar 
-menos a morte-
havíamos esperado juntos qualquer coisa.

 

EU PECADOR
IV

A figueira era o lugar da sombra. 
Fazíamos a vida
dizendo-nos que éramos felizes 
metade do tempo sentados
à sombra da figueira.

Voltei
quando ganhava o céu tua figura 
uma tarde em Pompéia.
A arma que te matou era branca 
vós não merecias outra coisa.

Me sentei debaixo da figueira 
e te chamei em voz alta.
Disseram de mim
-quando me arrastei palmo a palmo 
na época que floresciam as malvas 
e vós
costumavas esconder-te próximo do horizonte-
que a loucura 
havia aninhado em meu coração.

 

EU PECADOR
V

Fiquei com toda a dor 
e toda a alegria.
Sempre fui dois desde tua morte.

Boxe contra a lua
e tinha na cintura
todos os movimentos.
Me chamavam o polvo de Patrícios.

Crescia, crescia vertiginosamente
o ódio em minha mirada.

Fui ficando só
encerrado no tempo de nossos jogos. 
Fui jogador.
Atei minha vida com correntes
para não sair voando atrás de ti.

Me aconselhei recuperar a história de meu pai
árabe taciturno
uma palavra cada seis meses
um gesto de amor todas os Natais.

Depois, depois fui médico de loucos 
porque o que pega primeiro 
pega duas vezes.

Eu pecador III, IV, V

 

Índio Gris

 

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