POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR
15 de maio de 1979
O outro EU do doutor Menassa
Todo céu é infinito e, pelo menos,
de várias cores.
Sinto falra de tudo o que serei.
Desordem e luxúria. Sintomas e vergonhas.
Planto uma flor em tua mirada.
Digo: não dá mais.
Recupero de minha poesia as frases mais alegres.
Vejo minha mãe estendida sobre o vento.
Aberta e solitária contra as nuvens.
Espantada pelo horror de ver,
parindo o universo.
Nasço entre as brumas.
Sou quem nasce para preencher sua solidão.
Deformidade da beleza,
monstro diante de mim mesmo,
me salvei da fogueira e da cruz,
graças a violência de meu sexo.
Aberto e generoso como uma mãe.
Violenta nuvem de horror.
Olho do mundo.
Já disse muitas frases célebres, é hora de viver.
Viver como vivem os pássaros cantores,
com a cabeça ao vento, olhando crescer a liberdade.
Te disse:
antes que eu nomeasse, a terra estava rígida.
Sou o tictac, oriundo do nada.
Me abro ao compasso de tudo que morre.
Te toco e te faço fogo e assim não se pode viver.
Viver, te disse,
como o canto de um pássaro que já passou há muito tempo
e todavia é canto.
POETA SIN RUMBO,
2000.
Óleo sobre lienzo, 80 x 65 cm
COLECCIÓN
PRIVADA GRUPO CERO (1978-2006)
ENTRADA
GRATUITA.
ABIERTA
HASTA EL 30 DE SEPTIEMBRE DE 2006
GRAN FIESTA DE CIERRE EL 19 DE SEPTIEMBRE DE 2006 HORARIO: de lunes
a viernes de 10.00 a 14.00 h y de 16.00 a 19.00 h.
Sábados de 10.00 a 13.00.