O HOMEM AQUELE, O PRIMEIRO
HOMEM
Alegria brutal a de quem morre,
quando morrer,
é só um arrebato contra alguém,
a última defesa de suas próprias raízes.
Desvairado,
um corpo,
flutua na imensidade natural.
Abraçado a suas próprias entranhas,
com a soberba de ter podido com a agreste terra,
de ter podido navegar, tranqüilamente, seus domínios,
de ter podido, de tanto ter podido, por não poder amar.
O ermitão da cidade, o homem de cimento,
só deseja, as torrenciais chuvas do verão,
-um fato tão natural, sempre o surpreende-.
Seguramente morrerá a pleno sol
e sua vida terá sido desesperado andar,
a vida, de um homem solitário:
Entre montanhas,
entre amanheceres e raízes e pedras preciosas
e a vastidão dos oceanos
e para finalizar
e anunciando o único começo de tudo,
outra vez, as montanhas.
Um homem tão natural não é um homem.
Pequena besta encurralada pelos ventos,
pequena e bestial matéria vivente,
primitiva, distante e, todavia,
nas mãos de Deus.
POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR |
NASCIMENTO DO POETA
IX
Espião de mim mesmo,
me entrego, definitivamente,
ancoro.
Busco em tua pele e sorrisos de teu ventre
deslizam entre suaves movimentos do mar,
ondas detidas como para sempre em teus olhos.
Pequenos sulcos na fronte e uma juventude,
tocada pela repetição dos erros,
me decidem a tudo:
Volto sobre minha taça os últimos sóis do verão
e bebo nos contornos de um ritmo, desesperado,
minha vida.
Cavalgo, lumínica presença,
para onde o homem não pode mais
e, aí, precisamente, nesse limite,
começo a galope estendido,
a galope feroz,
minha última carreira.
Volto entre as tumbas dos que não puderam,
eles são minha recordação e minha esperança.
O que poderia acontecer-me e, também, a ilusão,
de uma nova estrela entre os astros.
Simplesmente arrasto tudo o que fui.
Não fui feliz,
porque ser feliz é,
argúcia do sistema.
AMOR 2000
É uma voz inconfundível a que me confunde.
Os ventos detidos cravando-se em meu tempo,
recorrem às mais velhas fantasias de esquecimento
e, nesse ponto negro da memória, surge o poema.
Não é uma substância, um ser, que atravessam o nada.
É nada o que come a substância, atravessando o ser.
É ocos de ocos, o infinito que me olha,
é linha sobre linha, gerando buracos invisíveis.
Oponho ao misterioso século do vazio perfeito,
a carne desmedido e aberta de teus olhos,
o sangue de tua boca, ferida pelo insondável.
Oponho à sinistra cegueira universal,
incandescente luz do choque dos corpos,
a magnética luz de tuas palavras, amando-me.
ESTO ES PUBLICIDAD

DÍA:
Viernes 21 de
abril de 2006
HORA:
22:30 horas
LUGAR: Bourbon Café. Carrera de San Jerónimo, 5. Madrid.
Tel. 91 758 19 40.
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