Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 288 ANO 2006 QUINTA-FEIRA
9 DE MARÇO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2006

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº288

ANO VI

EDITORIAL

A MORTE DO CARNAVAL

Murga que te quero murga
murga que te quero verde.
Intelectuais e débeis
esta murga é para vocês.

E tenham cuidado
de começar a crer
que eu sou ministro
ou pai ou marido
assim de simples
obreiro cansado
ou um mal ditador.

Não senhor,
não senhorita,
eu sou um intelectual,

um intelectual barato
que só
lê e escreve
e a sós faz amor
sem utilizar camisinha.

Murga que te quero murga
murga que te quero verde
intelectuais e débeis
esta murga é para vocês.

O doutor Carlitos Marx
fez uma obra magistral
dedicada aos obreiros,
escutemos sua respuesta:

Somos do bairro
do bairro do fogo
e não queremos
não queremos progredir.

Murga que te quero murga
murga que te quero azul,
um pedacinho de céu
que me separe de mim.

Vamos murga, vamos murga
que vou te avermelhar
vais te tocar o sexo
com algum de meus versos.

Esta noite juntarei
minhas rugas a meu sexo
e verão a solução
que dou a minha velhice.

O cantor morria
e não acreditávamos.
No meio do salão
havia um caixão, esperando.

Tirem esse caixão
que eu sou o cantor
e ao morrer voarei
qual música ou palavra. 

E nada de álcool
que a morte
nunca bebe e eu
estarei todo morto. 

Morto, quer dizer,
levado pela vida
a extremos onde o vento
vôa por voar.

Morreu, quer dizer, viveu
dormiu a sesta,
amou e mentiu sempre
mas escreveu este verso:

Quando minha mãe me chama
desde a tumba, se entende,
me sinto cheio de vida
e bailo no carnaval.

Bailo, Bailo, Bailo, Bailo,
salto de alegria e canto
e quando alguém o requer
me acalmo para escutar.

E quando escuto
não sou pensador ativo
nem amante com tal desejo
nem mãe consoladora.

Não sou, deixei de ser
para que o mínimo alento
de uma palavra ao passar
me permita articular:

O desejo com o mar
a vida com a mentira
minha mulher com meu dinheiro
e o futuro à canção.

Muga que te quero murga
murga que te quero negra
mulata, acobreada, ocre,
humana, te quero murga,
bailando no CARNAVAL.

E não quero retirar,
eu quero fortalecer
a proposta que gravei
ao completar meus vinte anos:

Vale mais carne na mão
que pensamento no ar.
Se quero sexualidade
a terei que buscar. 

Murga que te quero bela
e se é possível em bolas
entregue, moribunda
mas disposta a bailar.

E assim bailando e bailando
não encontrarei jamais
nem minha mãe, nem minha amante
nem o poema que se vai. 

Mas terei entre os braços
uma opulenta senhora
que não só tem ouro
também tem um par de tetas
que de pôr-me a chupar
nunca iria trabalhar.

E não quero depreciar
as tetas aqui presentes
mas as tetas de Lola
não só leite nos dão
senão que também conhaque.

Murga que te quero bela
e se é possível em bolas
o cu marrom claro
e de magenta a boca.

E assim nos encontraremos
em meio ao carnaval
e será tal a surpresa
que beberemos cerveja.

E os dois meio bêbados
nos olharemos nos olhos
e como sensíveis
à cama iremos.

Mas a pobre cama
em Carnavais
não faz nenhuma coisa
senão bailar e bailar.

Assim que na cama
para sobreviver
há que unir-se com força
ao companheiro de viagem. 

Porque a cama
baila e baila
te atira no chão
se põe como louca
e te pisa
e baila e baila
e sobre teus ossos
baila.

É por isso que à cama
há que ir acompanhado
e agarrar-se forte, forte
ao que valente acompanha.

E dizer, exatamente,
se juro por meu corpo
quer dizer, que sem você
eu não tenho condimento.

Murga que te quero amor
de violeta e carmin claro
estropiando os negócios
e, também, a educação.

Murga de amor, murga ciumenta
eu te amo loucamente
e por isso me entretém
ver-te morrer de dor.

Quando o carnaval se vai
vai com uma canção.

Sou o carnaval
o dono e senhor
de todas as almas,
também do amor.

E tão dono sou
do senhor do amor
que uma murga final,
romperá seu coração.

E não se romperá
nenhum coração
porque não se trata
de pedir perdão:
por ter mendigado
por ser rico demais.
Que não, que não, senhor,
que não se trata
de pedir perdão
por ter amado
como amam as asas
de um pássaro morto.

Adeus Carnaval
e te digo
que não é pouco dizer:

Eu sou a murga violeta
e apareço no final
porque venho decretar
a morte do Carnaval.

E não sei de quê ri
esse bobo daí,
talvez porque eu seja
uma murga vulgar,
querendo decretar
a morte do carnaval.

Eu venho, simplesmente,
contar o que aconteceu:

O Carnaval já morreu
e ninguém quis matá-lo.
Morreu só de aborrecido
quando a murga calou.

Não façam nenhum silêncio
que a murga necessita
que estejamos todos despertos
para chegar ao final.

Murga que te quero murga
murga amarela te quero
eu sou um intelectual
E você, intelectual, o que é?

Sou intelectual e venho
para que me ensinem amar
a rir, sem vergonha bocejar
e poder ler, tampouco me faria mal.

O intelectual
não aprendeu a querer
o intelectual
não teve vergonha
o intelectual
não aprendeu a ler
é por isso que se chama
a si mesmo intelectual.

Murga que te quero murga
murga que afinal te quero
para deixar de bailar

      deves aproximar-te mais,
      beijar meu pescoço citrino
      e no ouvido dizer-me:
      “A murga viverá sempre
      ainda que morra o carnaval”.

   A morte do carnaval

 

ESTO ES PUBLICIDAD

150 Años del nacimiento de Sigmund Freud

CHARLAS INTRODUCTORIAS AL PSICOANÁLISIS
Universidad Complutense de Madrid
Facultad de Filosofía


1. Una nueva manera de pensar lo humano.
(Alejandra Menassa, Médico y Psicoanalista)
Lunes 20 de febrero de 2006

2. Cómo transformamos la realidad en lo que nos interesa.
(Miguel Martínez, Médico y Psicoanalista)
Lunes 27 de febrero de 2006.

3. ¿Por qué soñamos? ¿Por qué sentimos angustia?
(Pilar Rojas, Médico y Psicoanalista)
Lunes 6 de marzo de 2006.

4. ¿Estamos marcados por el pasado o por el futuro?
(Carlos Fernández del Ganso, Médico y Psicoanalista)
Lunes 13 de marzo de 2006.

5. ¿Son los sentidos los que nos engañan o nos conviene que los sentidos nos engañen?
(Ruy Henríquez, Filósofo y Psicoanalista)
Martes 21 de marzo de 2006.

6
. Pensamiento y escritura. (Jaime Kozak, Psicólogo y Psicoanalista)
Lunes 27 de marzo de 2006.

DÍA: lunes 20 de febrero al 27 de marzo de 2006.
HORA: De 11,30 a 13,00 horas.
LUGAR: Seminario A-217 de la Facultad de Filosofía de la UCM. Ciudad Universitaria.
28040. Madrid. http://fs-morente.filos.ucm.es

Organizan: Asociación de Estudiantes "La Caverna" y la Escuela de Psicoanálisis y Poesía Grupo Cero.
Tel. 91 758 19 40

ENTRADA LIBRE

 

TODOS LOS SÁBADOS

GRUPO CERO en la radio

Una cita con la palabra
www.unacitaconlapalabra.com
 

 Celos, envidia, poesía, amor, cine, odio, pintura,
música, hombres, mujeres...

Los sábados a las 13:25 horas en el 918 AM

Radio Intercontinental - Agenda de Madrid  www.radiointer.com

 Consulta con nuestros especialistas:
 
unacitaconlapalabra@grupocero.org
 

Os esperamos

 

LA POESÍA TAMBIÉN ES PARA TI
...SI QUIERES

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Una dentadura sana es vivir mejo

Clínica Odontológica
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com


CONSULTA 

GRUPO CERO
 


CONSULTA 

GRUPO CERO
 

Mónica Gorenberg
Psicoanalista

María Chévez
Psicoanalista

Pedir hora: 
976 25 25 17 - 659 09 10 60

ZARAGOZA - MADRID

Pedir hora: 
91 541 75 13 
mariachevez@grupocero.org
 

 

AULA CERO DE FRANCÉS

Practicar el francés en Madrid
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
aulacero@retemail.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris