Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 270 ANO 2005 QUINTA-FEIRA
27 DE OUTUBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº270

ANO VI

EDITORIAL

Apresentação de "O HOMEM E EU"
de Miguel Oscar Menassa
Círculo de Belas Artes
Madrid, 22 de outubro de 2005

        Palavras do autor

1

Viver em dois países, amar a duas culturas, intervir em duas políticas, falar com cem mulheres ou ser um triste.

E não sou um triste aos 65 anos porque aos meus 35 anos abandonei a academia e a guerra e tomei o caminho da mulher.

30 anos depois, quando já me corresponderia abandonar o tema, quero dizer-lhes companheiros homens, que para mim até aqui, tudo foi maravilhoso.

Não era que eu pagava para que as mulheres fossem menos loucas, senão que elas pagavam para sustentar meu delírio de amor, eternamente.

E claro, eu me sentia permanentemente recuperado.

Tudo começou quando lhes disse a primeira frase. A frase teve dois efeitos, um nelas, não haviam escutado nunca uma frase assim, então me deram um copo de água. Outro em mim: ao dar-me conta que meus companheiros homens não sabiam falar ou pior ainda, não queriam ensinar as mulhes a falar, então disse quatro frases.

Uma mulher tem a obrigação de se liberar porque se a mulher se libera pode chegar a se liberar a poesia e se a poesia se libera também poderá se liberar o homem.

2

Hoje é um dia memorável para mim. Tenho 5 (cinco) triunfos em minha mão, assim, que desta vez, espero jogar bem a partida. A Psicoanálise, a Medicina, a Poesia, o Cinema e a Canção me acompanham.

E agora, quero confesar-lhes algo que no mundo em que vivemos não é muito comum:

Hoje por fim, aqui com vocês, sou feliz.

Hoje desejo viver 200 anos, e se não se pode sei que, ao menos, algo de nós, de nossa poesia, de nossa psicoanálise, de nosso cinema, de nossa medicina, de nossa canção, viverá, talvez, mais de 200 anos.

Agora, com a tarefa realizada: para sermos imortais; queremos dedicar-nos ao cinema, à poesia, à canção, à psicoanálise, à medicina.

Nos tempos livres pintaremos tudo o que seja necessário para crescer e nos reproduzir.

Completei 65 anos e reconheço ter sido sempre um grande jogador, é por essa razão que ao entrar na terceira idade aposto tudo o que tenho para ver se consigo viver, em qualquer idade, tudo o que me caiba viver.

À velhice,
          nunca mais
          um gozo lhe tirarão.

Gracias, depois, algum dia, alguém morrerá e a vida é a vida, a vida tem a obrigação de seguir.

E com esta frase dou começo a este ato porque talvez nesta frase se encontre todo meu desejo.

A presença da amisade, a presença do amor, a presença de psicoanalistas reconhecidos tanto na Europa como na América, a presença de poetas que ainda não mereço. A presença do que nós denominamos, a vanguarda da medicina, também da canção. E do cinema, nossa jóia. E ao nomeá-la me dá prazer fazê-lo, Antonia San Juan, nossa jóia, aqui presente, para ver se podemos, com ela, sua arte e sua disciplina, e entre todos nós, arrancar um sorriso do mundo.

Bem acompanhado, com algum dinheiro, a poesia não me abandonará. Se, além disto, não sou muito descortes com as outras disciplinas que não são poesia e tolero que a história do mundo não seja a história de minha vida. E com tanto médico, poeta, psicoanalista, artista, empresário a meu redor, viver 200 anos “já está ganho”. Perdão e Gracias.

Apresentarão o livro três mulheres que representam para mim três campos do saber:

María Chévez: A primeira mulher que publicou seus versos no Editorial Grupo Cero.

Carmen Salamanca: A primeira mulher que ocupou um cargo hierárquico na Direção do Editorial Grupo Cero.

Antonia San Juan: A primeira mulher que fez com que todos nós nos dedicássemos ao cinema.

E por último, a banda ÍNDIOS GRISES: Leandro, Martín, Adrián, Kepa e Sergio
que tem a valentia de ambicionar compôr a música, cantar, realizar e comercializar, canções com minhas letras.

A eles corresponde abrir o ato.
 

Miguel Oscar Menassa

JOGUEI DEMAIS

Joguei demais
quero me confessar
diante das pessoas
e minha família, também.

Joguei de tudo
e tudo perdi.
Prometi a minha mulher
ser fiel até a morte.

Uma noite,
bem recordo,
jogando no casino
chegou a sorte e me disse:

Se pudesses te desligar
de tanto compromisso
e amar-me com loucura
eu sorte te darei.

E para dar-me ânimo
me disse “joga no nove”
e eu não lhe dei crédito
quando o nove saiu.

Tive ganas de amá-la,
amá-la até a morte
mas disse com raiva:
Sou fiel a minha mulher.

A sorte, abandonada
por meus juízos morais,
beijou meu rosto e disse:
Serás um perdedor.

Se pudesses te desligar
de tanto compromisso
e amar-me com loucura
eu sorte te darei.

   
 

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO E CARTA DO DIRETOR

 

O HOMEM E EU
6

Um homem que não sabe
rir quando se ri
que não sabe chorar
ainda que o diga um tango.
Um homem
sem círculos nem retas.
Uma ave, mas Maria,
que não sabe voar.
 

O homem e eu 6

 

O HOMEM E EU
10

Mulheres, homens,
perfis de panteras,
crocodilos famintos
e vulões em flor,
a selva cidadã,
a cidade selvática,
o vento da música,
a densidade da palavra,
se abrem em mim
põem minha alma a florescer,
ao som
dos tambores libertários
do sexo e da loucura.

Sexo da deriva que nada ama.

Loucura da flor que ninguém conheceu.
 

O HOMEM E EU
11

Nada nos será dado da liberdade
sem arrancá-la de nossos corações.
Sexo que não conseguiu
senão o poema.
Loucura que brilhou,
só um instante.

Foram palavras
todos meus ódios,
todos meus amores,
o sexo e a loucura
foram palavras
até a liberdade,
só palavras.
 

O homem e eu 10 e 11

 

O HOMEM E EU
26

E há tardes brutais
onde sou
o pobre homem
que conta seu dinheiro
e se aproxima minha mulher,
me beija docemente
e eu lhe digo: 500, 500, 500,
ela se afasta de mim,
bruscamente,
e me diz:
és sempre o mesmo,
e eu lhe digo:
500, 500, 500
e lhe bato
com as duas mãos
ao mesmo tempo
até fazê-la sangrar.

Ela me cospe
seu sangue nos olhos
e me enceguece
e grita:
cornudo,
cornudo,
cornudo
e eu,
enquanto tento matá-la,
lhe digo: 500, 500, 500.

O HOMEM E EU
27

Depois, o homem
dos negócios importantes,
dos triunfos
que nunca se realizam.
Às vezes
seu afã de sobresair
é tão exagerado
que de tanto não fazer
nenhum negócio
e não triunfar em nada
se mata
ou se perverte
e assim, se faz notar.
E ao se olhar no espelho
e sem sair, nunca mais,
de sua cela,
se sente um homem
de negócios,
um triunfador.
 

O homem e eu 26 y 27

Índio Gris
 

ESTO ES PUBLICIDAD

 

TODOS LOS SÁBADOS

GRUPO CERO en la radio

Una cita con la palabra

 Celos, envidia, poesía, amor, cine, odio, pintura, música, hombres, mujeres...

 Todos los sábados a las 19:00 horas en el 918 AM
Radio Intercontinental
- Agenda de Madrid

 Consulta con nuestros especialistas:
 unacitaconlapalabra@grupocero.org

Os esperamos

 

LA POESÍA TAMBIÉN ES PARA TI
...SI QUIERES

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Una dentadura sana es vivir mejo

Clínica Odontológica
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com

CONSULTA  GRUPO CERO

Mónica Gorenberg
Psicoanalista

Pedir hora: 
976 25 25 17 - 659 09 10 60

ZARAGOZA - MADRID

 

AULA CERO DE FRANCÉS

Practicar el francés en Madrid
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
aulacero@retemail.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris