Revista semanal pela Internet
Índio Gris UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
ÍNDIO GRIS
É PRODUTO ÍNDIO GRIS Nº267 ANO VI EDITORIAL
VIEMOS DAS SOMBRAS
Viemos das sombras,
fomos,
anunciados em um poema.
Uma palavra
entrelaçada ao ser.
Vinagre e ervas daninhas,
fundas
e novas preocupações.
Palavras
destinadas
ao mais profundo do homem.
Extraordinário
néctar esquecido.
Antiga mutação
onde o homem,
aberta sede,
fome desesperada,
enfeitiçado,
por um pedaço de pão,
perde suas asas.
Perde,
por uma jarra de água envenenada,
a nobreza do vôo.
Índios Grises
Letra: Miguel Oscar Menassa
O HOMEM E EU Acaso um vaga-lume
cansado de voar, de iluminar o nada,
pousará sobre meus ombros quietos
e me fará feliz?
Ou, talvez, sou o homem
que se inunda de beijos
e não consegue nunca
deixar a solidão?
O HOMEM E EU
2
Mulher independente ou
tigre liberado da selva?
Homem ou calmante
vitaminado para os nervos?
Sou acaso o que pensa
que nunca chegaremos
ou o iluso que se levanta
todas as manhãs
para viver um novo porvir?
O HOMEM E EU
3
Ou bem, serei feliz mulher
que triunfou na vida
por não ter vivido quase nada
e escrever tudo?
Beleza a de um homem
deixando-se levar
por uma palavra fraturada,
partindo-se,
também ele, em seu som.
O HOMEM E EU
8
Há mulheres em mim
que amam a vida
e mulheres que ainda
não começaram a amar
e outras que se foram
e outras que vieram
e outras que voaram até chegar
à alma que não tenho
e plantaram o que não tinham
onde nada havia
e construíram
um amor verdadeiro,
mas invisível.
Ninguém via nada,
ninguém tocava nada
mas todos ouvíamos
o estrondo de horror
do verdadeiro amor
desaparecendo.
Índio Gris
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