Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 266 ANO 2005 QUINTA-FEIRA
29 DE SETEMBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº266

ANO VI

EDITORIAL

PEPE E O TANGO

Gostava de
chegar do trabalho
pôr-me nu
e cantar um tango.

Um tango de coisas
que ninguém cantava
eu mesmo inventava
pelas tardes ao chegar
quase morto do trabalho
e me punha a cantar.

Gostava de
cantar pelas tardes
com a janela aberta
um tango sem igual.

Falava do homem
caindo e se alçando
e a mulher lavradora
e a puta também.

Algumas mulheres,
talvez, indiferentes,
esperam que um homem
dê-lhes amor e pão.
Não sabem as tolas
que o homem já morreu
fazendo a guerra
matando o rival.

Assim que agora te toca
mocinha ruborizada
levantar a saia
e pôr-te a trabalhar.

E se algum homem chega
triste e cabisbaixo
ferido de guerra
terás que o cuidar.

                             

Pako Rizzo

Índios Grises

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO E CARTA DO DIRETOR

 

O HOMEM E EU
22

E, às vezes,
sou a mulher semeadora
de todas minhas desgraças,
de todos meus fracassos.
Quero que alguém me ame
mas não quero amar,
quero viver como uma rainha
mas não tenho rei
e quando me empobreço
por ter acreditado
ter o que não havia
e não tinha ninguém,
quero que o mundo todo,
sustenha minha loucura
que é, precisamente,
viver só no mundo
e quando meu amado
venha a me perguntar
o que fiz
com nosso amor grandioso
eu lhe direi: não me dei conta,
não me dei conta
que o nosso era amor,

não me dei conta
que as plantas se regam,
não me dei conta
que um bebê necessita
o calor de uma pele
e ser amamentado.
Não me dei conta
que o amor não existe
a menos que o façamos.
Não me dei conta,
e isto o mais terrível,
que nossa poesia
era poesia.

E tive inveja
de tudo o que crescia
e houve dias terríveis,
desconcertantes,
onde cheguei a invejar
o crescimento
de teus brancos cabelos,
de tuas unhas.

E, depois, tua roupa,
tua elegância ao falar
a maneira
com que outras mulheres te cumprimentavam,
o modo libertário de utilizar o dinheiro
que ganhavas em tuas horas de trabalho.

Tudo me parecia indigno para mim.

Quando me davas algo de dinheiro
que, por outra parte, nunca foi tanto,
o jogava fora
e nesse dia ficava sem comer
mas minhas mãos seguiam limpas.

E quando gozava
sexualmente em tua presença,
me mutilava,
entorpecia meu cérebro,
em lugar de gozar
punha-me ciumenta e delirava.
Perseguia-te,
saíam-me granitos no cu
para te envergonhar
do que havias feito.

Qualquer detalhe sem importância
na cozinha
ou no banheiro
ou sobre a mesinha de cabeceira
ou uma fotografia antiga
onde sorrias,
tudo utilizava
para te fustigar com meus delírios
e, para dizer a verdade, gostava,
me fazia gozar
ver-te enfurecido com minhas coisas
e apesar
que sempre tive medo
que um dia me matasses
eu gozava com isso:
fazer-te enfurecer.

Uma alegria profunda, nunca vista,
invadia meu ser quando minhas palavras
rompiam o pedestal que te sustentava
e tu, caías, humanamente falando,
em minha boca e isso,
era para mim, todo o amor.
 

O homem e eu 22 

 

O HOMEM E EU
23

Homens meus,
mulheres minhas,
crianças e anciãos meus,
vida e morte minhas,
convoco-os ao poema.
O poema é, também,
o ar que corre.
A vida plena
nunca é o poema
mas a rudeza
dura de uma recordação
que se rompe
ao falar e se dissolve
é poesia
se a deixo fluir
como uma ausência,
como uma voz sonora
que nunca foi.
E o amanhecer
é poesia quando o sol
surge desde os seios
ardentes de minha amada
e até os seios
da amada noturna são poesia
quando sua nudez
entrelaça o humano e o divino.

 
 
 
Índio Gris
 

ESTO ES PUBLICIDAD

CONCIERTO
INDIOS GRISES
EN “FIEBRE Q”
Sábado 8 de Octubre de 2005 a las 22:30 horas
C/ Bretón de los Herreros, nº 29
Metro: Alonso Cano (Línea 7)
       Río Rosas (Línea 1)

ENTRADA LIBRE

www.indiosgrises.com

 



CLASE INAUGURAL:
”Teoría del inconsciente”
- Lunes, 17 de octubre de 2005 a las 19:00 horas
- Jueves, 20 de octubre de 2005 a las 19:00 horas

ENTRADA LIBRE

 

TALLERES DE POESÍA

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Usted es feliz pero no puede sonreír.
Clínica Odontológica
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com

CONSULTA  GRUPO CERO

Mónica Gorenberg
Psicoanalista

Pedir hora: 
976 25 25 17 - 659 09 10 60

ZARAGOZA - MADRID

 

AULA CERO DE FRANCÉS

Practicar el francés en Madrid
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
aulacero@retemail.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris