Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 262 ANO 2005 QUINTA-FEIRA 1
DE SETEMBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº262

ANO VI

EDITORIAL
 
QUANDO ENVELHEÇA
 
Quando envelheça
quando minha pele cair,
porque sou incapaz de sustentá-la,
então, minha palavra, levantará a voz.
Agonizando, o canto,
se faz mais forte que vivendo.

Quando envelheça
 

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO E CARTA DO DIRETOR


XV CONGRESSO INTERNACIONAL GRUPO CERO
A MULHER E EU - Psicoanálise das relações de casal
 

Quarta-feira 20 de Julho de 2005
Grupos de encontro:
DEPRESSÃO E PSICOANÁLISE

M.O.M.: O importante que temos que saber é que depressão,
Hoje em dia, padecem 98% da população do primeiro mundo. Por isso também me sugeriu um monte de coisas. Não me parece exagerado querer terminar com a depressão. Freud em um de seus textos escreve, me dá vergonha porque acabo de me perguntar se todo mundo necessitaria estar em psicoanálise e me respondi que sim.

Vamos apontar-nos os sintomas que alguma vez temos tido.

Para que se entenda, a realidade se torna gris, como no luto, e o luto recordem-se que é um estado normal de todas as pessoas. A diferença com a depressão é que não se sabe muito bem porque o sujeito está deprimido, ao contrário, no luto se sabe muito bem porque o sujeito está em luto: morreu um ser querido, perdeu as eleições, foi mal no congresso, está deprimido. Mas isso é luto, isso sabe, vai voltar-lhe a chamar atenção a realidade, porque a realidade perde brilho porque não está a pessoa amada na realidade, nada mais que por isso.

Quando o sujeito volta a ver as cores na realidade, o morto morre, enquanto se vê gris é um permanecer, com o sujeito morto, mas não morto na memória e na fantasia do parente, e quando abandona e volta a ver as cores acaba de enterrar o morto. Isso tem uma duração, tem um limite.

A depressão, ao contrário, parece que.. por exemplo, conto um caso: Veio ao consultório uma vez uma pessoa de 40 anos que havia perdido sua mãe aos 20 anos e não havia sentido nada, no outro dia estava dançando. E aos 40 anos perde um camafeu com a fotografia da mãe, perde esse objeto, e aí faz a depressão. Levei três anos para averiguar isso, porque ele veio e disse "estou deprimido pela morte de minha mãe", levei três anos de trabalho para dar-me conta que ele chamava mamãe ao camafeu.

Vêem que não coincide com a perda, a depressão não coincide com a perda. Por exemplo, não quero te ver mais, vou me separar de ti e depois de dois dias que não estás começo a deprimir-me, a deprimir-me, quer dizer não é por essa mulher que acabo de largar, se a acabo de largar, a acabo de tirar no lixo.

Em Madrid, estou falando de quando perde o Real Madrid aumenta a depressão clínica de tratamento nuns 100%, se há normalmente 4 milhões de deprimidos, há 8 milhões de deprimidos. Não se pode entender.

Como pode ser?

Se a depressão não tivesse como forma de produção e de sustentação mecanismos normais do sujeito psíquico não poderia se produzir.

Isto é muito interessante porque quando eu estudava medicina havia algo que me encantava que se chamava restituição ao integrum ... lhe fazias uma cirurgia, mas não lhe deixavas um sinal, uma marca. Não era ao integrun era, mais ou menos, mas de qualquer maneira, é certo, há feridas que curam sem deixar sinal, se te agarra um médico te diz que há feridas que curam sem deixar sinal.


E Freud dizia isso da neurose e da psicose, dizia que ele se maravilhava de que depois da enfermidade o sujeito voltava a ter todas as capacidades como se nunca tivesse estado enfermo e a isto ele chamava uma restituição al integrum dentro do psiquismo.

Perda dos ideais, vêem que coisa tão sutil, porque como sei qual é meu ideal, no entanto a perda dos ideais produz depressão.

É tudo inconsciente porque alguém realmente se pergunta pelas classes sociais, não sabe como essa pessoa que tem dinheiro pensa isso ou como essa pessoa que não tem dinheiro pensa isso, muitas vezes encontraram com esses casos.

O homem é um animal muito sutil, porque pode até deixar de realizar o importante para ele, pode deixar de sonhar, pode deixar de dormir, pode deixar de comer (vêem que são todas coisas vitais) com uma sutileza incrível, pode fazer essas guerras devastadoras que estamos vendo na atualidade, mas é o mesmo homem que escreve versos.

Não lhe agradou a poeta.

Que entre o trapaceiro e o novelista não há nenhuma diferença, porque se a novela é parte da realidade não é novela é periodismo, então também me engana, também me trapaceia de alguma maneira. Huxley chegou a escrever um livro que se chama Um mundo feliz, olha se me engana. A escritura com esse afã que tem de desrealizar é excelente para a depressão, o que acontece é que o deprimido não pode sentar-se a escrever.

Da psicoanálise não vão se salvar porque é verdade que a escritura e a leitura fazem bem ao alzeimer, mas quem tem alzeimer não tem vontade de ler. Se não se psicoanalisa não vai ter esse apetite pela leitura que lhe vai dar vida, porque lhe vai dar vida se ele tem apetite pela leitura, se segue tendo apetite pelas abelhas, pelas ervilhas, a leitura não vai lhe fazer bem, não posso obrigar o sujeito a ler, tenho que fazê-lo entender que na leitura está o medicamento.

Depressão e psicoanálise
 

 

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