Revista semanal pela Internet
Índio Gris UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS ÍNDIO GRIS
É PRODUTO ÍNDIO GRIS Nº 251 ANO VI EDITORIAL
NEM COMO TU NEM COMO EU
Nem como tu. Nem como eu.
Se é necessário
para viver
que morra tudo.
A Poesia
independente
de toda paixão
não teme a morte
porque a morte
é sua presença iluminada
e nessa dimensão
mais que morrer
o sangue se transforma.
Ventre animal
parindo o universo
voz gutural
noturna do poeta
pedra e, por sua vez,
um movimento felino
entre as árvores.
Exóticos manjares e prelúdios
de frutos molhados pela chuva
aninham em teu corpo,
carnes sangrantes do tempo
ferozes como raízes violentas
atadas ao amor.
Deixava que o tempo passasse por minha pluma,
deixava cair sobre o papel, em branco, a vida,
a vida plena, aberta, humana, que já não viverei.
* * * * *
A guerra é a guerra e tarde ou cedo
ganha o poderoso.
E quando parece que ganhou o débil,
fita-os bem,
é o poderoso quem ganhou.
* * * * *
Para impor o bem esquece a beleza
e com a liberdade faze uma bandeira
para lutar contra a liberdade.
* * * * *
Vivo um pouco impressionado
e sem ser pessimista, posso assegurar
que o homem já não pode dormir,
perseguem-no aviões incendiários,
* * * *
perseguem-no aviões incendiários,
mapas extravagantes de cidades
secretamente ocultas na pedra.
O alento de um tigre,o persegue
debaixo dos lençóis, no ar.
Seu ódio o persegue, o ódio das vítimas
e não pode dormir porque nas noites,
o ódio dos assassinos o persegue.
E nunca está tranqüilo
nem quando come, nem quando vomita.
* * * *
Quando a vi chegar, quando a vi a ponto de
cair toda em minha vida,
quando me vi esmagado pela morte, me
perfilei como uma sombra,
fui tempo do espaço, medida de nada.
Amor, tive um imenso amor pelo que em mim,
só será de outros
e encontrei, foi-me dado encontrar corredores
segredos, também,
para a morte.
* * * *
BASTA DE CONTAS
Basta de contas quer dizer
abram passo que vem o poeta.
Basta de contas quer dizer
o poeta conhece
o resultado de todas as contas.
Basta de pobreza quer dizer
o poeta é primorosamente rico.
Basta de pobreza quer dizer
o poeta ensinara os mistérios da iqueza.
E quando alguém perguntar pelo corpo do oeta
mostraremos uma habitação cheia de moedas e ouro.
Do livro "Al sur de Europa"
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