Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 235 ANO 2005 QUINTA-FEIRA 10
DE FEVEREIRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 235

ANO V

EDITORIAL

 

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR


O QUE QUER DIZER: "EU SOU UM HOMEM"
QUANDO SOU EU QUEM FALA?

I

Acaso um vagalume cansado de voar, de iluminar o nada,
haverá de posar sobre meus ombros quietos e me fará feliz?

Ou talvez sou o homem que se inunda de beijos
e não consegue nunca deixar a solidão?

Mulher independente ou tigre liberado da selva?
Homem ou calmante vitaminado para os nervos?

Sou acaso quem pensa que nunca chegaremos
ou o ilusionado que se levanta todas as manhãs
para viver um novo porvir?

Ou melhor, serei feliz mulher que triunfou na vida
por não ter vivido quase nada e escrever tudo?

Beleza a de um homem deixando-se levar
por uma palavra fraturada,
partindo-se, também ele, em seu som.

Criança e ancião perguntando-se, em uníssono,
os acordes possíveis do mundo em que vivemos:
Parece que a vida não começará nunca.
Parece que a vida já terminou.

Não sei qual destes homens
será meu dono um dia
mas começo dizendo uma verdade:
a luta é cruel, as ambições imperfeitas.

Ela me quer para si, mas sempre diz não.
Depois, quando dorme cansada de lutar,
sonha que o mundo se detém a seu lado
e ela abre suas pernas, abre suas pernas
e já quereria ser totalmente do mundo
e já quereria que o mundo se faça carne
e o mundo, entristecido, sonho ou prisão,
desaparece e esse poço sem luz, esse vazio
é, justamente, o que a mulher ama.

Um homem que não sabe rir quando ri
que não sabe chorar ainda que um tango diga.
Um homem sem círculos nem retas.
Uma ave, mas Maria, que não sabe voar.

Depois, um dia, um santo me bendiz
e já sou outro mais, também, bendito.
Abandono mulheres e espaços desportivos,
me ajoelho sobre dura pedra invernal
e rezo contínuos avatares de minha vida:
Quanta dor, Senhor, leva minha alma
quando me toca por sorte
um amo que não quer ser amo
e só me usa e me deprecia.

Há mulheres em mim que amam a vida
e mulheres que ainda não começaram a amar
e outras que se foram e outras que vieram
e outras que voaram até chegar
à alma que não tenho
e plantaram o que não tinham
onde nada havia e construíram
um amor verdadeiro, mas invisível.
Ninguém via nada, ninguém tocava nada
mas todos ouvimos o estrondo de horror
do verdadeiro amor desaparecendo.

E houve homens em mim que desde a manhã
já estavam satisfeitos e cansados
e ficaram deitados, quietos, como mortos
esperando que alguém os amasse.
E alguém os amou, droga ou mulher sem rumo,
e o pobre homem que já não sabia falar
ficou aí onde havia estado sempre
toda sua vida quieto, como morto.

Mulheres, homens, perfis de panteras,
crocodilos famintos e vulcões em flor,
a selva cidadã, a cidade selvática,
o vento da música, a densidade da palavra,
se abrem em mim, põem minha alma a florescer,
ao som dos tambores libertários
do sexo e da loucura.

Sexo da deriva que nada ama.
Loucura da flor que ninguém conheceu.
Sexo das correntes cataclísmicas
Loucura é, a quietude em tua mirada.

Nada nos será dado da liberdade
sem arrancá-la de nossos corações.
Sexo que não conseguiu senão o poema.
Loucura que brilhou, só um instante.

Foram palavras
todos meus ódios, todos meus amores
o sexo e a loucura foram palavras
até a liberdade, só palavras.

Continua nos próximos Índios

O que quer dizer: "Eu sou um homem"
quando sou eu quem fala? I

Índio Gris

ISTO É PUBLICIDADE

- Estréia do curta metragem: "A maldade das coisas" *Não permitido para público menor de 13 anos*.

Um curta metragem de plena atualidade: depois da explosão de gás ocorrida em Getafe em 13 de janeiro, que cobrou várias vidas e causou numerosos danos materiais, a diretora desta curta metragem, Rosa García, nos mostra sua visão sobre o tema. Protagonizado por Antonia San Juan e
Luis Miguel Seguí que, em sua esquisita interpretação, alternam o dramatismo com finas doses de humor. Realidade e jornalismo na tela.

A estréia terá lugar na quinta-feira 10 de fevereiro de 2005 às 20h. No Círculo de Bellas Artes de Madrid, C/ Marqués de Casa Riera, 2 .

ENTRADA LIVRE

Mais informações


 

TALLERES DE POESÍA

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Usted es feliz pero no puede sonreír.
Clínica Odontológica
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com

CONSULTA  GRUPO CERO

Mónica Gorenberg
Psicoanalista

Pedir hora: 
976 25 25 17 - 659 09 10 60

ZARAGOZA - MADRID

 

 

AULA CERO DE FRANCÉS

Practicar el francés en Madrid
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
aulacero@retemail.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris