Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 234 ANO 2005 QUINTA-FEIRA 3
DE FEVEREIRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2005

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 234

ANO V

EDITORIAL

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR


"COMPLETAR 60 ANOS. PRISIONEIRO"

Ao Grupo Cero

Prisioneiro sou de uma longa condenação
porque a palavra não outorga liberdade.
Digo marca e marca se faz carne em mim,
rugas com o tempo, dores do amor.

Marca, te digo e existem as mudanças,
marca minha e, ao menos, em solidão
algum caminho, algo, terei conhecido
algum passo terei dado ao começar.

Marca do amanhecer anuncia que o sonho terminou.
Que vêm o universo, a mulher e o homem,
que o mundo todo vem para fazer poesia
e a vida, aí, vem a vida que terminará.

Digo árvore e o verde forja toda minha realidade.
Esverdeia o coração das mulheres anciãs,
põe no centro do coração de minha amada,
a esmeralda perdida que brilha no silêncio.

E cai, até chegar a sua verdade de musgo,
verde que se detém para que o mundo,
se pense florescido, úmido, inquietante,
verde de amor morrendo sobre a erva.

Digo dizer e aos borbotões de cataratas,
de mundo, se fazem plenas as palavras.
A mulher que nada em mim via, ao falar,
viu de pronto só uma luz em minha mirada.

Mirada de fera, selva encurralada de luz.

Mulher, dizer mulher, abrir esse destino:
enobrecer o pranto, louvar o amor,
por gazelas no andar do caminhante,
sons de água e pássaros em seu cantar.

Violino ferido subindo entre tuas pernas.

Digo violino, amada, digo violino ferido
e um uivo espectral faz, da alma,
calada e quieta melodia desesperada,
abre teus olhos ao agudo vazio do amor.

Digo ferrovia e viajo sem deter-me nunca
fazendo sempre ruído desde o oriente ao sul.
E máquinas e obreiros e festas de vindimas
e mortes que seu destino nunca encontrarão.

Trem do Oeste digo e rangem as pradarias,
una bala de prata atravessa os olhos da noite
um cavalo branco morre de sede no deserto
e a mulher dos risos dourados morre de amor.

Cavalos, imagina! Cavalos atados a si mesmos,
atrapalhados pela velocidade de liberar-se e voar,
cair como as pedras da montanha ao rio,
chegar ao fundo das coisas sem deixar de cair.

Digo porco, minhoca, serpente e pássaro
e o sexo se deslumbra de si mesmo,
abre as pernas, abre as pernas e fala,
diz do mar coisas verde-azuladas.

Se arrasta, se arrasta antes de voar.
E quando se arrasta goza e quando voa
e quando cai, nácar ou prata é seu sorriso
e se arrasta pela dor e goza da vida.

E voa e se desfaz de beijos e de luzes,
sexo do amor, digo-lhe, da vida vivendo.
Poema, liberdade, guerra contra a fome,
doçura do dizer quero viver no desejo.

E digo morte e ainda que não o dissesse,
poeta emudecido, igual hei de morrer.
Por isso que a palavra nos condena
quando falamos, ao gozo e ao desejo.

Sem liberdade, prisioneiro da palavra
com a alegria de ter sido homem,
com a alma já lançada aos ventos,
sem deixar rastros, meu corpo morrerá.

Completar 60 anos. Prisioneiro

Índio Gris

ISTO É PUBLICIDADE

- Estréia do curta metragem: "A maldade das coisas" *Não permitido para
público menor de 13 anos*.

Um curta metragem de plena atualidade: depois da explosão de gás ocorrida em Getafe em 13 de janeiro, que cobrou várias vidas e causou numerosos danos materiais, a diretora desta curta metragem, Rosa García, nos mostra sua visão sobre o tema. Protagonizado por Antonia San Juan e
Luis Miguel Seguí que, em sua esquisita interpretação, alternam o dramatismo com finas doses de humor. Realidade e jornalismo na tela.

A estréia terá lugar na quinta-feira 10 de fevereiro de 2005 às 20h. No Círculo de Bellas Artes de Madrid, C/ Marqués de Casa Riera, 2 .

ENTRADA LIVRE

Mais informações


 

TALLERES DE POESÍA

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Usted es feliz pero no puede sonreír.
Clínica Odontológica
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com

CONSULTA  GRUPO CERO

Mónica Gorenberg
Psicoanalista

Pedir hora: 
976 25 25 17 - 659 09 10 60

ZARAGOZA - MADRID

 

 

AULA CERO DE FRANCÉS

Practicar el francés en Madrid
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
aulacero@retemail.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris