Revista semanal pela Internet
Índio Gris UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2004 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS ÍNDIO GRIS
É PRODUTO ÍNDIO GRIS Nº 204 ANO IV SALUDO PENSAMENTOS PRÉVIOS AO ENCONTRO
Imerso em um tempo onde a loucura
Te busco –até o final-
EDITORIAL RECORDO A LIBERDADE
Um maio frio, sem luz, lembra
minha cidade.
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AULA CERO de FRANCÊS |
Pratique
o francês em MADRID |
PSICOANÁLISE DA POMBA DA PAZ
Oh, noite enfeitiçada de camélias
sangrentas,
ninguém saberá de ti, ninguém saberá de ti senão esta melodia.
Pobre pomba que já não sabe voar.
Asas intumescidas pelo tempo
e teus olhos cegos pela falta de amor.
Pomba, pequena pomba da paz,
teu funeral será esplêndido,
te cobriremos todo o rosto de flores
para que ninguém veja em teu rosto
o rosto da guerra.
Menassa
recitando
Psicoanálise da pomba da paz
(2:24 min)
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DE FOME E LIBERDADE JÁ TEMOS MORRIDO
Já
fomos a águia noturna,
tocada em pleno vôo.
Somos agora uma manada de bisontes.
Pratas antigas e solidão caem
sob o murmúrio de nossa loucura
correndo para o futuro.
Ídolos de papel caem,
esmaltados ídolos,
maciços ídolos de pedra caem,
monumentos, antigos ídolos.
Ídolos do sêmen infinito
e das vaginas abertas aos quatro ventos,
caem ídolos de bronze, marcas históricas,
-aparentemente indeléveis- caem,
submergem em nossas palavras cotidianas,
abandonam sua solidão marmórea,
vivem conosco.
Fomos a melhor ilusão,
a suprema ilusão dos contrastes.
Ao dia opúnhamos a noite.
Ao sol, a lua.
Ao homem opúnhamos a mulher.
Ao sexo, a palavra.
Depois veio a morte,
vermelha, bordando as cores do agárico,
alterando os ritmos respiratórios,
ou bem, alterando o mal,
ritmicamente alterando todos os sentidos.
A morte veio a viver, tranqüilamente, entre nós.
Poderoso ídolo entre ídolos, em nossos braços,
majestosa rainha da liberdade, cai.
Menassa
recitando
De fome e liberdade já temos
morrido
(4:20 min)
(No se desespere mientras baja el video)
CARTAS DEL DIRECTOR |
O OFÍCIO DE POETA
Envolto nas brumas do tedioso
viver,
só a poesia me acompanha.
Quando vou pela vida, Ela
costuma assombrar-se de minha solidão.
Digo-lhe que não importa,
em sua presença o mundo se detém para mim,
o ouro brilha para mim,
as mulheres mais altas bailam para mim,
os pássaros mais noturnos velam meu sonho.
Envolto nos poderosos ruídos da
máquina,
só sua voz humana me acompanha.
Quando fazemos amor, Ela me
recrimina
amá-la como se fosse única.
Digo-lhe que não importa,
em sua presença, o mundo detido em minhas mãos
se abre para mim, o múltiplo se abre para mim,
antigas paixões e amores vindouros,
delírios e mulheres, se abrem para mim,
deusas enamoradas e diademas, beleza embrutecida,
o ar se abre para mim, os espaços abertos
onde nosso grande sol é uma estrela mais.
Envolto nos sutis enredos do
poder,
toda a vida é Ela.
Quando Ela me encontra nessa
encruzilhada,
onde eu mesmo sou o amante da morte,
Ela baila nua para mim
e nua, despojada, também, do amor,
dispara sobre mim para que não morra
um milhão de palavras em liberdade.
Digo-lhe que não importa,
em sua presença dançarina, a morte deixa de brilhar,
tremem os cemitérios,
se abrem os corações profundos da terra,
a vida nasce por todo lado
e o frenesi é cor, vertigem, dúvida,
dança da alegria sem escrúpulos,
alegria em plena liberdade,
morte da morte.
Menassa
recitando
Canto undécimo ou canto final
(2:21 min)
(No se desespere mientras baja el video)
Índio Gris
ESTE MATERIAL FOI GRAVADO DIRETO NO ESPAÇO
"POETAS DESPERTOS"
NO PASSADO 9 DE MAIO DE 2004
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ENTRADA 10 EUROS
Índio Gris
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