Aznar
acusa o PSOE de querer romper o esqueleto do Estado com seus planos
eleitorais
EL
PAÍS, quarta-feira 7 de janeiro de 2004
Um
deputado nacional do PP pressionou no Ministério da Agricultura a favor
do ex-sócio de Fabra
“É
possível que o tenha feito, mas não me lembro”
EL
PAÍS, quarta-feira 7 de janeiro de 2004
O
PSOE teme que a guerra de Aguirre e Gallardón gere danos aos cidadãos
EL
PAÍS, quarta-feira 7 de janeiro de 2004
y a los viejos
"
“As
televisões espanholas são as que mais desatendem as crianças e
os velhos”
OS
VELHOS GOZADORES
Governados
por gorilas
que não foram à escola
cantamos para mostrar
que o mundo se vai, se vai.
Nos
chamam Os Índios Grises
porque passaram os anos
mas nós seguimos
cantando no carnaval.
E
este ano viemos
para poder anunciar
que os velhos de setenta
já têm seu carnaval.
Vamos
mover a bunda
vamos mover as tetas
como putas e travestis
que a tevê nos apresenta.
Fazemos
amor
e dançamos e cantamos
mas não nos esquecemos
que o mundo nos trata mal.
Esta
velha de setenta
que me abraça
a cada tanto
é a namorada de um amigo
mas hoje dança comigo.
E
meu amigo se entretém
com o cura Don Camilo
que dança como os deuses
e não tem compromissos.
E
este pobre velhinho
quase morto em sua família
agora é um Índio Gris
que dança, que canta e ri
e até fode Marina
que tem sessenta anos
e vive na Andaluzia.
Depois
se encontra com Pepe
que tem quase cem anos
e dom Pepe lhe aconselha:
Para chegar aos cem
há que mover-se e mover-se
e não perder o vai-vém.
Fazendo
amor cantando
ou bem tomar aquele trem
onde
cantando e bailando
te ensinam a morrer bem.
E
se tens
a morte assegurada
não terás culpa
nem dor, nem raiva
serás
um cidadão
de classe alta,
porque tens em tuas mãos
a morte assegurada.
Com
a morte
no bolso
falarás como um senhor
e terás sorte
nos dados
e, também, no amor.
E
se alguém
te conta
falando baixinho
que da morte
mesma
estás enamorado
tu dirás que sim,
a todo mundo acontece.
Me
enamoro da morte,
dizia o cigano,
assim poderei tê-la
durante todo o dia
esfregando os pratos.
Mas
a morte
há de vir
há de vir
mesmo que a algaravia
mesmo que o silêncio reine
há de vir, há de vir.
A
morte há de vir,
em silêncio, simplesmente.
A
morte quieta,
a morte noturna,
tal qual uma mulher
se enamorou de mim.
E dá-lhe que dá-lhe
me busca todo o dia
e quando me encontra
quer me beijar
e eu lhe digo: Morte,
não
sejas asquerosa,
pois a morte não se toca
com aquele que vai morrer.