Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 179 ANO 2003 QUINTA-FEIRA 20 DE NOVEMBRO

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2003

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris

ÍNDIO GRIS Nº 179

ANO IV

Análise do dia seguinte 

Nos alegramos com o resultado: 0-3 para a Espanha (porque temos interesses em turismo, telefonia celular, companhias aéreas e RTVE) e, apesar de que nós não entendemos nada de futebol, gostamos muito do que escreve Julián Ruíz em Marca (20 de Novembro).

E ao final...
Uma
sátira

Não espero que Iñaki Sáez  se exiba e se atribua todos os louros. Não tem essa soberania.

Mas só sua mediocridade, seus erros e sua falta de segurança nos puseram em um transe de enredo de comédia, burla.

Quando a Noruega se converteu no melhor auxílio ofensivo da seleção, com dois gols de verbena, de equipe de pátio de colégio, comecei a pensar em como é possível que Sáez nos tenha posto medo diante de uma equipe que é um desatino. E mais ainda, jogadores da melhor Liga do mundo. O que faziam numa repesca com semelhante rival?

De todos os modos, ainda por cima, tem que por cara feliz e felicitar-lhe. É inaudito. Nem fazia frio nem nevava nem chovia nem o campo estava gelado. Por fim, um absurdo com Olsen de palhaço diante dos espontâneos, porque o lance tinha se convertido em um absurdo. Com este resultado, Sáez tem restrições de todo tipo, que sua eleição era a melhor, que tinha tudo pensado, porque metia quatro jogadores de refresco – é a única teoria que se sustenta – e que Raúl teria que tirar a seleção do atoladeiro.

A pergunta está escrita no vento. E, se o tivesse feito bem? Não entendo como Valerón vale para os campos pesados e não vale para outros. É uma barbaridade ter a Reyes sentado no banquinho, igual que Baraja e que Xabi Alonso. Sempre tem que ser titulares.

Não resta mais remédio que se fazer de Villar e sua equipe. Não nos resta mais remédio.

Daqui vejo a crista de galo do Villar olhando para Lisboa e cantando um fado. É que não sabemos. É que Noruega é melhor do que o salmão, é que os vikins são mais feios e que Sáez é um selecionador tão discutido como o que mais. Mas é um monstro. Alguém se põe o cocar. Pensa que voltará a escrever da Eurocopa e se põe a dormir o sonho de que qualquer gracejo de Arlequin. 

ADIANTAMOS A SAÍDA DO ÍNDIO 
PARA AVISAR A IÑAKI

EDITORIAL

Que te pilhe um touro
que te parta um raio
que te mate o trem!

Além de que hoje ganhemos a partida contra Noruega ( que tampouco é tão difícil de ganhar da Noruega) queremos deixar firmado nesta manhã inesquecível para o futebol espanhol (13:05 h), que Iñaki Sáez é muito pior que Clemente (entenda-se, para a seleção espanhola de futebol). Pelo menos, Clemente, ao gritar, se reconhecia culpável de algo.

Adiantamos o 11 que desenhou o psicoanalista desportivo do Grupo Cero Miguel Oscar Menassa:

Casilla; Michel Salgado, César, Helguera, Juan Fran, Albelda, Baraja; Torres, Valerón, Joaquín; y Raúl.

O ARTISTA CRIADOR

   A Iñaki Sáez

Estou como no ar
puro da manhã
não entendo o que faço
nem creio fazê-lo eu.

Mas minha amada me diz
quase todos os dias
és um gênio, querido,
te pareces a Deus.

Olha que fazer de tudo
até beijar-me um pouco
sem dar-te conta amado
que tu és o campeão.

O campeão dos beijos
das trepadas ligeiras
e das lentas trepadas
até o amanhecer.

O campeão do trabalho
e da festa amada
e todo o mundo sabe
que és um vencedor.

O campeão do estudo
dos claros inventos
e do poema fácil
para a população.

Mas, querido meu,
terias que saber
que o homem que fez tudo
mudou seu ser.

Por isso não te encontras
nem na vida, nem no trabalho
nem sequer na caminha
quando fazemos as coisas.

Estou como no ar
puro da manhã
não entendo o que faço
nem creio fazê-lo eu.

O Índio Gris

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