Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 172 ANO 2003 QUINTA-FEIRA
2 DE OUTUBRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2003

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

Reptando en la memoria

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 172

ANO IV

EDITORIAL

A MULHER E EU
33

No encontro com as lágrimas
ela, poderíamos dizer, era feliz.
Buscava, chorando, um destino
e
se encontrava em seu interior,
sempre chorando, a si mesma.

O homem sofre sempre pelo mesmo,
no cúspide da poesia, ainda,
sinto que meu homem pode morrer
por falta de comida. E de amor?
perguntou ela suspicaz e, sem esperar
algum gesto meu ou alguma resposta,
se balançou sobre minhas pobres dúvidas
e
rompeu tudo o que se rompia.

E falava de mim e dela
como se fôssemos a mesma pessoa:
Depois, também, estão essas mulheres
que te amam porque estão aborrecidas
ou melhor, aquelas que estão loucas
e
estão a teu lado como uma técnica
de defensa pessoal contra a loucura.
Isso, para mim, também acontece,
q
uando tudo está por estourar
q
uando já não tolero os pássaros voando,
me descomponho em teus braços, um instante
e
o mundo volta a ser o que era.  

Hoje estou intoxicado de várias maneiras,
querida, lhe disse, à beira do desmaio.
O
álcool da festa, teus beijos de ébria
me f
azendo gozar até o amanhecer
e
, depois, esse presente de ouro do Himalaya,
levaram a intoxicação ao centro do delírio.
Me via chegando aos lugares em silêncio,
vários de meus amores morreram de espanto
por minha maneira sigilosa de chegar à pele.

Me acontece muito pior, disse ela,
às
vezes, sou uma escrava de mim mesma,
me encadeio e me golpeio sem consideração
e
me pergunto o que foi que aconteceu:

Éramos duendes e selvagens,
tudo ao mesmo tempo.
Duendes quando fazíamos amor
selvagens quando falávamos.

Tudo há de se cumprir inexoravelmente,
dizia ela, entusiasmada, e eu dou outra tragada
e
a fumaça, nem quente, nem fria, nem sequer fumaça,
me envolve em um torbelínio de loucura
que não posso senão reconhecer como própria.

Logo começam a tremer as guitarras
e
a tarde contempla a si mesma
e
se sente feliz porque a festa
há de começar antes de sua morte.

E num dia de festa se mescla tudo,
uma senhora gorda e até um bebê chorando,
uma mãe desmamada e ansiosa
e
a central leiteira de folga geral.

A pobre criança sofre os primeiros dias
mas decide viver e se amamenta sozinha,
depois, quando é um homem, necessita sentir
que alguém o quer porque sim, por nada,
e
, mesmo que seja um triunfador em tudo o que faça,
é capaz de morrer todos os dias por amor.

Uma noite fatal, 
de taças e de amores,
uma mulher lhe disse:
Necessitas o amor de tua mãe 
e
ele lhe assestou,
sem dizer palavra,
trinta punhaladas.

O Índio Gris

 

MORAL DA HISTÓRIA PARA OS PSICOANALISTAS:
 A interpretação fora de sessão é uma agressão.

 

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