Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 162 ANO 2003 QUINTA-FEIRA 26 DE
JUNHO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2003

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

Mujer en libertad. Vínculo va a la galería 36 de Momgallery

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 162

ANO IV

EDITORIAL

Cada vez estou mais convencido de que se não utilizo meu poder sobre as pessoas que me rodeiam, com o tempo não haverá pessoas.

O outro necessita, sempre, para se enfrentar com a verdade, ser levado até a borda. Aí, onde o sujeito já não pode fazer outra coisa, fala.

Por agora me toca liderar esta situação que não entendo de todo. Eu tratarei de me submeter à psicoanálise. O resto, imagino, será fácil, já que não serei eu quem avança, senão a psicoanálise.

POESIA, POESIA, POESIA, POESIA

Poema na voz de Miguel Oscar Menassa

EM MIM ESTAVA A FÚRIA

Abrindo os cadeados de meu peito
nos encontrávamos com ela fazendo provas
tratando de saber.
                            Ele, costumava se preocupar
de regar pelas tardes, sereno, a magnólia.

Ela falava de menos e ao mostrar-se
os dias de névoa em plena rua
abria seus olhos para iluminar
a quem já nada tinha que perder.
Manso como a morte
                                  ele
tinha trinta e quatro anos e uma vida violenta
fazia versos e dizia: pertenço ao passado.

Em meu peito, no meio do meu peito
rompendo definitivamente a porta biombo
que me separa dela, podemos vê-la praticar
perigosas jogadas de xadrez e tiro ao alvo.
Ele, sabe que tantos preparativos são para a guerra
e no entanto
propõe a ela, no meio de meu peito, um estranho festim.

CARTAS DE AMOR

QUERIDA:

Alguma vez dirás que escrevo porque escrevo, e terás tuas razões. Sem muito dinheiro como se para que as mortes cotidianas fossem mais breves ou insignificantes, a melhor morte ao meu alcance é morrer escrevendo. Se perdem com a escritura as necessidades pequenas e o homem escrevendo está faminto de liberdade mais do que de pão e quando está faminto de pão, sempre é algo geral, muitos homens e milhões de crianças morrem por falta de pão. Quem escreve, se não o matam antes os Estados ou os meios de comunicação social, termina amando coisas grandes, prados imensos como as palmas do céu, vários milhões de piolhos querendo resgatar a coceira que produzem, um verdadeiro exército de piolhosos querendo resgatar do mundo a sujeira que padecem. E, entretanto, uma estrela se parte entre os olhos dos amantes.

E tudo é grande para quem escreve, cometas hasteando bandeiras invisíveis, espaços subterrâneos, cárceres abertos como braços abertos.

Velocidades supersônicas onde cada música encontra sua palavra.

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Ela, quando me fala, sempre me fala da vida que não lhe deixaram fazer e, claro, com essa convicção, ela vai pela vida sem saber o que fazer com o dinheiro, sem saber o que fazer com seu sexo, sem saber o que fazer com suas mãos, seus pés...

 

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EROTISMO OU PORNOGRAFIA?

Um 25 de maio, depois de liberar a 225 presos políticos, uns 25 amigos e amigas nos encontramos, na casa de um dos casais do grupo, e bebemos. Nessa época se fumava um pouco de erva e nos pusemos todos nus e bailamos, e fodíamos todos com todos e de pronto te encontravas nos braços de três mulheres ao mesmo tempo ou, como me aconteceu, cinco homens, todos simultaneamente tratando de encontrar um tesouro em minhas entranhas.

Eu gozei, gozei como uma louca.

Você, o que opina?

Pornografia   ou   Erotismo

Até o dia de hoje, votaram:

Pornografia: 295.000         Erotismo: 575.000

 

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Devo confessar que a estética não me interessa tanto como o bom funcionamento, a saúde, o prazer fugaz.

As experiências que me tocaram viver podem ser narradas de uma maneira simples:

Caracteres do tempo, luxo da aurora.

Enérgico vaivém, o da vida.

Um dia me disse e não foi fácil: me desprender do homem, arrojar ao espaço os vagalumes dolorosos e ficar sem mim.

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