Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 138 ANO 2003 QUINTA-FEIRA 9 DE
JANEIRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2003

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

Abrazo del viento

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 138

ANO III

EDITORIAL

ANO 2003, 1 DE JANEIRO

Quando as características do problema são levadas à vida, tudo se complica.

Ao querer escrever, pôr algo aí que me deixasse saber que havia passado outro ano, ainda para as coisas e seres que amamos, me encontrei com a surpresa de que a máquina não me deixava escrever, se eu não conseguisse dar-lhe minha identidade

Busquei com desespero em minhas lembranças e não encontrei o menor sinal que me indicasse o caminho a minha própria identidade. Em princípio, duvidei da máquina. "Se for estúpida! Disse em voz alta,  pedir-me o que não existe". Repeti a operação e nada, ela, com uma voz, simultaneamente distante e metálica, repetia em vários idiomas: "Sua identidade" e creio que uma das vezes chegou a pedir-me por favor. Aí cheguei a pensar, intrigado: "Por que pode ser um favor para a máquina que eu tenha ou encontre alguma identidade?" E aí foi onde cheguei a considerá-la humana, alguma identidade não, tem que ser a identidade correta, uma identidade de 25 dígitos. E não tive mais remédio que compreender tudo. Para poder escrever nesta máquina, tenho que ter 25 dedos, algo assim como dizer que algo me faltava ou, melhor dito, que algo me sobrava: a maneira de pensar do ano que passou, esse pedaço de alma que todavia pertence ao passado e não posso entregar. Ou eu, em todo caso eu sobrava, para poder realizar certas questões. Me surpreendi dizendo: tenho que distanciar-me de mim.

Para poder, agora, entregar-me ao mecanismo que a toda a humanidade lhe custou mais de um século e meio pôr em funcionamento. E aí, o homem pinta, canta, escreve, faz amor ou a guerra segundo os países, mas ele, quando ocorre tudo isto, não está, teve que ser deixado de lado para poder amar, escrever, la la rala, la la...

Fazendo bem as coisas que corresponda fazer em cada caso e pagando o que tenha que pagar para pôr em funcionamento o mecanismo, ninguém teria nenhuma identidade. A identidade seria toda do caminho que, a mulher e o homem, decidiram produzir como vida própria.

POESIA, POESIA, POESIA, POESIA

Miguel Oscar Menassa recitando

ESTOU

Estou quase morto
e no entanto
sinto pulsar meu coração.

Uma espécie
de rebuscada finura
uma arte.

CARTAS DE AMOR

QUERIDA:

Quando te vejo azul, vivaz, arvorando tuas próprias palavras, me vejo escrevendo meu sorriso na água.

Te prometo, quando soem os estrépitos do amor, estarei ao teu lado. Desta vez me farei acompanhar pelos sobreviventes e pelos mortos, sobretudo por aqueles mortos que morreram nos poemas de Aragon de estrepitosa morte violenta: os julgados por equívoco, as bruxas julgadas, os mortos absolutamente transformados.

Uma cinza aberta, uma grande morte companheira.

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- Olhe, doutor, estou quase morto, com dores em todas as partes do corpo, como se tudo estivessa morto, quando tudo está mais florecido que nunca, mas ocorre, doutor, que ela não me ama, ela ama a sua mãe, ama as mutilações de sua mãe, a ignorância. Tudo me vai bem, como havia pensado quando jovem, mas ela não me ama, então, eu não posso desfrutar do conseguido.

Quando te fundas nos sarcófagos humildes da raiva, já nada nos unirá. Calhandra de morte, calhandra de morte, conseguirei fugir. Já o verás, irei em algum verso para não voltar. Te deixo morrer tranqüilamente de pena e de bobagens, discutindo com tua mãe sobre a verdadeira cor das hortaliças com a paixão de quem está a ponto de dominar o mundo.

- Continuamos na próxima.

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EROTISMO OU PORNOGRAFIA?

Inventaste pedaço a pedaço, meu corpo. Primeiro as tetas, pequenas tetinhas adolescentes dispostas a descobrir o universo. Depois, umas discretas nádegas que se transformaram em cu, quando tua pica de desenhista galego separou, definitivamente, minha inocência do futuro. A vagina foi por último, rachadura invisível de meu nome.

Você, o que opina?

Pornografia   ou   Erotismo

Até o dia de hoje, votaram:

Pornografia: 276.000         Erotismo: 532.000

 

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Não venhas, me disse a poesia, que já estou ao teu lado, e eu não lhe dei bola, eu a segui buscando.

Escreverei até antes de cansar-me.

Farei amor até a taquicardia ligeira.

Ganharei o dinheiro suficiente e, por outra parte, me sinto contente de que minha maneira de pensar as idéias necessite do mundo das idéias.

Do ser, não me interessam as conclusões, só o labirinto de ser. Do ser, só o que é preparação para ser.

Mais do que sair por alguma das saídas estabelecidas, criar uma nova saída. Romper uma parede do labirinto.

Fazer luz da dúvida, isso é virtude.

  Índio Gris


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