Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 126 ANO 2002 QUINTA-FEIRA 17 DE
OUTUBRO 
 

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2002

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

  CENANDO EN CASA

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº 126

ANO III

EDITORIAL

AO MUNDO FALTA UM PARAFUSO

Todo o mundo está na estufa,
triste, amargo, sem garufa,
neurastênico e cortado...
Acabaram os robustos...
se até eu que dava gosto
baixei quatro quilos!

Hoje não há grana nem de assalto
e o feijão está tão alto
que há que usar um trampolim...
Se houver crise, briga e fome
que o que compra dez de fiambre
hoje se come até barbante...

Hoje se vive antepondo
e se dorme apurado.
E a manta de Cristo
tem sido enfeitada...
Hoje se leva para empenhar
o amigo mais fiel,
ninguém convida a comer...
todo o mundo no trilho.
Ao mundo falta um parafuso,
que venha um mecânico!
Para ver se pode arrumar.

O que acontece? Mama mía...
caiu a prateleira
ou São Pedro abriu o portão...
A criação anda às pinhas
e de puro arrebatamento
dormia sem o colchão...
O ladrão hoje é decente,
e à força se fez gente,
já não tem a quem roubar...
E o honrado se tornou minguado
porque em sua febre de economizar
ele "afana" para guardar...
Ao mundo falta um parafuso,
que venha um mecânico!
Para ver se pode arrumar.

Enrique Cadícamo 

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POESIA, POESIA, POESIA, POESIA

OBSTINADO POETA DE TUDO O QUE NASCE E SOBREVIVE

Obstinado poeta de tudo o que nasce e sobrevive,
quero cantar estes amores que surgem de meu peito.
Sortilégios, amores como fúrias desatadas da alma,
tênues, suaves amores anunciando devastador futuro.

Pôr em movimento a antiga ferocidade da terra,
imprimir movimentos a uma vida que jamais ocorreu.
Romper com meu compasso o ventre da montanha negra,
fazer com que o universo todo se mova entre minhas mãos.

Palavras com luz própria, isso quero cantar
Palavras como mãos no rosto da aurora
Palavras como pedras caídas para sempre.

Obstinado poeta de tudo o que morre,
o universo, mãos, fúria da terra,
não dou, não entrego nada, canto para mim.

CARTAS DE AMOR

QUERIDA:

Vivemos rodeados de raposas e no entanto há que seguir.

Termino com o desespero como método e deixo que a suprema inteligência poética que vive em mim guie meus passos.

Calhandras surpreendidas no instante do repouso. Calandras golpeadas pela civilização, seu canto se fará feroz, indomável.

Para lutar contra as máquinas, a combustão tem que ser até o final. Não mais repouso, a guerra é o tempo todo.

É necessário escrever um verso que diga além desses tudo ao contrário, assim deve ser.

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Ao chegar te perguntei tua idade e me disseste que tinhas uma idade na qual a mulher se a deixassem poderia tudo.

- Psicoanalisar-se também?

E ela ruborizou para dizer-me:

-Isso você saberá.

A olhei detidamente, sem nenhuma paixão aparente. Os pômulos salientes me recordavam as índias mais belas de meu país natal. Seu cabelo loiro, ao natural, quase crespo, me recordava as artistas de cinema de minha infância. Os olhos castanhos eram claramente os olhos das mulheres de minha família. Sua boca foi o último que vi. Foi sua boca, carnuda, elástica. Depois ela começou a dizer: 

- Minha boca é o felino que levo nas entranhas.

- Continuamos na próxima.

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EROTISMO OU PORNOGRAFIA? 

Depois de beijar o pescoço dele várias vezes, lhe pude dizer:

- Se eu fico na cidade, tu continuarás me amando?

A ele, que havia começado a ficar de pau duro, preferiu dizer que sim, que a amaria sempre, fizesse o que fizesse. Depois desabotoou a bragueta e ofereceu a ela, seu sexo endurecido pela emoção.

Ela o chupou até acabá-lo e antes que ele saísse da casa, lhe perguntou:

- Continuarás me amando se eu fico vivendo na cidade?

- A chupaste muito bem -lhe disse ele- muito bem, a chupaste muito bem -e lhe deu um beijo no rosto.

Ela lavou os dentes e escreveu na parede do banheiro com o batom:

- Pobres homens!

Você, o que opina?

Pornografia   ou   Erotismo

Até o dia de hoje, votaram:

Pornografia: 265.000         Erotismo: 457.000

 

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Uma promiscuidade sexual, e bem que o lembro, foi permitida e até desejada por todos. Por outro lado, uma promiscuidade com o dinheiro a todo mundo faz mal e ninguém quer saber nada com essa maldita técnica que desmonta todos os mecanismos. Quero dizer que a propriedade privada, que o homem -nosso homem- não chegou a sentir com seu próprio corpo, sente agora com, o que crê, seu próprio dinheiro.

 

Embrulhado além do possível com teorias onde o homem tem que se transformar, aconteça o que acontecer, quero desta vez me transformar, em uma palavra, dito rapidamente, deixar de ser eu mesmo. Escrever todo o tempo, por exemplo de outro, do mesmo ao contrário, ou dela, todo o tempo dela, imaginam, um desespero atrás de outro desespero e depois as calhandras como se fossem peixes uivando lastimosamente, como espigas abertas de solidão. Assim devo reconhecer é minha calma.

De qualquer maneira penso que é melhor ter um ritmo que não ter nada. A liberdade sempre vem atada a uma ilusão, ou seja a uma imensa cadeia.

Devo reconhecer, não que a mim diga respeito, que não consigo quase nunca fazer o que tenho vontade. Às vezes me vejo caminhando por um canteiro feliz, rodeado de pessoas sem violência, quero dizer sem inveja.

Envolvo todos os perfumes em um só perfume e me dou conta de não ser um homem virtuoso, ou melhor sou um apaixonado, um torpe crônico gastador de saliva. Um homem que quando fala não tem em conta os bons costumes, fica sem fala, sem outro.

Assim fui curtindo solitário, um dia por um motivo, outro por outro. Minha solidão foi tão grandiosa como a própria poesia, ainda que também quero dizê-lo, teria gostado de cair nos braços de meu pai morto e isso não pude.

Depois de todas estas vivências não me restava outro remédio senão abrir uma conta bancária e com o tempo alguém me daria um prêmio pela constância.

 Índio Gris


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