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Índio Gris UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2002 NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS ÍNDIO GRIS
É PRODUTO ÍNDIO GRIS Nº 123 ANO III EDITORIAL ENTREVISTA AO POETA MIGUEL OSCAR MENASSACarmen Salamanca: Você crê que os Estados Unidos podem nos levar ao desastre mundial? Miguel Oscar Menassa:
O assunto do avanço dos Estados Unidos sobre todas as liberdades e todos os
contratos internacionais, pode estar prognosticando uma época de terror para os
cidadãos do mundo, mas también, hoje o disse e já o estive pensando ontem e o
disse a um companheiro na semana passada, pode significar também o fim do império.
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1:
El
fin del imperio Na selva venezuelana, na qual eu estive vendo como caçavam o jacaré, é na última rabanada onde o crocodilo mata mais gente. Quando íamos pescar, então o tínhamos, o tínhamos, o feríamos e aí às vezes atacava, mas quando estava por morrer, nas últimas rabanadas era quando matava mais gente, quando virava a embarcação, caía gente na água. CS: Acabam os monopólios, as fusões... MOM:
Está tudo semi-fracassando, está fracassando a moral, a ética e a indústria
não vai muito bem. Um país que tem que fazer uma guerra cada seis meses para
manter a indústria é um país que vai como o cu. Depois, decidir a política
internacional, ou seja, a política do mundo, pelas armas é como voltar à época
em que os ingleses faziam escravos e os espanhóis faziam o mesmo. Veja
Video
2:
La
política internacional. CS: Sim, a política preventiva que ontem diziam que iam pôr em prática, que já o estão fazendo, atacar um país preventivamente. Mas isso que você diz dá uma certa esperança. MOM:
Eu creio que há que tê-la. Vou lhe explicar a questão: Estão jogando com o
petróleo porque se deram conta que o petróleo vai ser necessário por mais do
que os 30 ou 40 anos que eles auguravam. Não vai haver energia atômica como
para suspender a importância do petróleo e muito menos em oito anos,
necessitamos do petróleo. Dependemos da primeira reserva, não sei se a Arábia
Saudita produz mais, não interessa, mas é a primeira reserva, isto é, em sua
terra, sob seu domínio, se encontra a maior reserva de petróleo que há. Mas a
segunda reserva é o Iraque, então evidentemente, se posso ficar com o petróleo
do Iraque rompendo-lhe o cu de Saddam, que é fácil, assim simples, mediante
quatro bombas, me libero da Arábia Saudita. Porque, mesmo que não o creias, há
uma dependência dos países da esfera dos Estados Unidos à Arábia Saudita e
até agora a Arábia Saudita estava de acordo com os Estados Unidos, mas agora
houve três ou quatro coisas que não lhes agradaram, que não sei de que se
tratam. Vea
Video
3:
La
importancia del petróleo. Amelia Díez: E que a Arábia Saudita é uma família e nas famílias essas estão se assassinando uns aos outros, também vai acabar essa família. Como não se transforma Arábia Saudita, vai terminar sendo um país subdesenvolvido, todo mundo pobre. MOM: Claro, mas está jogando isso. Então, eu digo, e se não pudessem com o Iraque? Está bem, ficamos com o petróleo do Iraque, mas e se não pudessem? Atiramos a bomba atômica no Iraque? Porque a queda do império não significa que o Iraque ganhe a guerra dos Estados Unidos, significa que o povo norte-americano considere que não é democrático senão brutal o que seu país acaba de fazer. E está a ponto de considerá-lo, se dos 4.000 mortos nas torres resulta que vai haver mil que não vão ter indenização (e por favor averigúem a cifra porque creio que são mais de mil as pessoas que não vão receber indenização) porque não tinham os papéis em ordem. Claro, porque na reportagem da televisão todos estavam falando castelhano, e fiz a reflexão no outro dia, porque a princípio pensei que tiravam só os espanhóis que haviam tido um percalço nas torres, depois não, depois seguiam tirando gente e falavam todos em castelhano. Reclamavam da indenização e depois me inteirei que, se não tens papéis, não te dão a indenização. Ou a outra versão, que é a que todo mundo espera, que realmente ataca ao Iraque, ataca e fica com o petróleo do Iraque, e que a Rússia vai ter que calar a boca porque necessita dinheiro e que a China agora não vai se meter. A China está em um processo de industrialização que, se a deixamos 20-30 anos mais, nos rompem o cu. Então, não vai se meter agora a brigar contra os Estados Unidos e parar o processo de industrialização que tem, nem falar. O que acontece é que, claro, se lhe tocam as bolas, lhe tocam as bolas por aí a China também entra no conflito. Eu creio que não, eu creio que são suficientemente inteligentes para dar-se conta de que se seguem como estão fazendo, que estão fazendo bastante bem, ganham. Puseram a estátua da liberdade e isso foi ideológico, porque a Coca-cola havia entrado há 15 anos. Todo o processo da União Soviética que levou ao raquitismo, na China foi bem feito, foi feito de maneira agradável. Cada província chinesa mantém a religião de seus ancestrais; há cidades onde não há religiões, há cidades onde são tão religiosos que mantêm comunismos particulares, onde os caras têm o poder da educação e da saúde, o que está verdadeiramente centralizado é a educação e a saúde. Por isso, eu tive algumas ilusões quando o presidente chinês, visitou Cuba há seis meses ou um ano, eu tive esperanças, porque disse: se Cuba se dá conta, deixa tudo ao capitalismo e fica com a saúde e a educação e faz o processo Chinês, que não é mal. Como vai ser mal? Seis anos consecutivos “país de benefício para os Estados Unidos”, até este ano. Então claro, o último ano que o deram ou o penúltimo, deram porque os Estados Unidos pediram que por favor não seguissem produzindo as coisas sem patente, porque como os caras olhavam assim e fabricavam isso igual aos Estados Unidos, sem patente, então lhes saía muito barato, competiam em nível internacional com mercadoria mais barata. E pediram isso à China, mas lhe deram privilégios econômicos, para que deixasse de fazê-lo. Não vêem que quando caiu o avião estavam desesperados porque lhe devolveram o avião em cinco minutos? Devolveram o avião em 15 dias e agora são capazes de fazer quinze aviões como esse. QUERES
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HOUVE UMA ÉPOCA, UM TEMPO DE MINHA VIDA Houve
uma época, um tempo de minha vida, Eu
podia tender-me sobre orcazinhas diáfanas Uma
época, uma idade, ainda, hoje, toda a lembrança. Uma
mulher e outra mulher e, ainda, noite desesperada,
QUERIDA: Hoje nosso desencontro foi espetacular, quando acabei de falar de minha aparente pobreza com meus filhos, ninguém soube dizer-me onde estavas, nem sequer, ela, tua mãe, sabia de vós. Tentei recordar a última vez que estivemos juntos e te vi imitando a gritos os uivos de um lobo amante e criminal, ao mesmo tempo. E quiseste cravar em minha própria carne as garras da loucura. Te separei de mim um pouco bruscamente. Reagiste ao empurrão, besta amante do sangue, como uma menina candorosa e começaste a gritar. Filho da puta, não vais me tocar, minha voz são os rituais efêmeros de seu corpo. Não me toque, porque em mim só encontrará um vazio altissonante e oco. Querida, minha pequena, encontras sempre dentro de ti, mesmo para teu mal, o que deveria ser buscado nos confins de mundos distantes e desconhecidos. Quando chegue a nós a solidão de ser, seremos como albatrós voando em qualquer direção, de um lado para outro, e não saberemos nesse momento encontrar uma palavra que nos anime a seguir um caminho. Nesse instante teremos culpa de não haver sido durante o percorrido totalmente virtuosos e que já haja passado a pior parte. Já verás, seremos encantadores companheiros de viagem, nosso passado começará em nós, chegaremos a sentir termos nascido um do outro. Chegaremos a saber que será absolutamente impossível nos separarmos. Se por fim somos capazes de amar tanto encadeamento, acontecerá entre nós a beleza, a poesia, fundirá nosso corpo com o corpo do mundo, nosso amor com o amor do universo. Hoje, claramente, teria preferido encontrar-te
Sempre seduzida por algo superior, desgraçada, sem sexo e sem dinheiro, sua vida é pobre. À besta agradaria dispor e não suporta não ter milhões. O marido lhe aconselha que fique tranqüila, o psicoanalista não lhe diz nada para que se tranqüilize. Mas ela ama a liberdade. Toda sua vida desde os três anos buscando algum delinqüente que a traísse para deixar de ser ciumenta. Como nunca ninguém a pode trair porque ela vigiava tudo, agora é velha e segue sendo ciumenta.
- Desde onde me falas? E ele lhe disse: -
Estou deitado. - Desnudo? -perguntou ela, e ele, que já começava a pôr-se excitado, lhe respondeu: -
Quase. Ela deixou cair um silêncio longo e, então ele se animou e lhe perguntou: - E tu, estás desnuda? - Estou desnuda, com as pernas abertas e acaricindo-me enquanto falo contigo, disse ela com voz estremecida. -
Por favor, toca-te a pica. - O que me vais fazer, nena? -exclamou ele enquanto começava a tocar-se a pica por cima da calça. Ela, tratando de responder a sua pergunta, lhe disse: - Não vou te fazer nada. Vou tocar a xexeca até que fique corado e suculento como um tomate que tu comerás. Até o dia de hoje, votaram: Pornografia: 260.000 Erotismo: 440.000
1 Ganhar mais sem trabalhar mais. É muito interessante sem trabalhar mais e sem tirar o dinheiro das pessoas que trabalhem, muito interessante. 2 Meu pai morto me saudou de uma estrela e me disse: adiante.
Tanto para o psicoanalista como para a Instituição, é produzir mais pacientes e candidatos além dos necessários para funcionar. Uma produção além do necessário permite ao psicoanalista desejar (quer dizer, única forma da interpretação) e à Instituição pensar novas formas de convivência, sem as quais seria impossível a criação em uma instituição. Sem introduzir-nos no campo do desejo, não se pode pensar em um estado de bem-estar. Deixar de me preocupar pelas pessoas é também dar-lhes liberdade. Índio Gris ISTO É PUBLICIDADE
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