Revista semanal pela Internet ÍNDIO GRIS
Nº 361 - ANO 2008 – QUINTA-FEIRA 21 DE FEVEREIRO

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2008

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO... PORTUGUÊS... ITALIANO...
e alguns números, também, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO...

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO

O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA

A FUSÃO COM MAIS FUTURO
DO SÉCULO XXI

Indio Gris

ÍNDIO GRIS Nº 361

ANO VIII

ASSIM FALOU ZARATUSTRITA EM 1978

HÁ TRÊS DÉCADAS, 30 ANOS

(Vem do Índio Gris 359)

Querido:

E um resumo é, também, um pacto com alguém. Uma reconciliação da letra com a política.

Eu é zero, não tem explicação. Não se pode reduzir a nada que termine. Tampouco, ao universo. Cadeado de abertura, eu é zero, é, posta em cena do que recém começa.

Estamos na época do tremor. Quem fala tem uma prenda. Quem escreve é um solitário.

Estamos numa idade, onde o verdadeiro se confunde com a ação, o resto, por agora, devemos saber, psicoterapias para as almas inexperientes, para quem ainda, sem querer, e como suportando uma desgraça, sustente a ideologia dominante.

A Grande Ideologia, a que vem impressa nas proteínas do leite.

E ação quererá dizer então, transformação radiante, verificável no campo das relações sociais, onde, já dissemos, se desenvolve a ética dos poderosos.

E quanto à psicoanálise, ao marxismo, à poesia, dizemos que são, só, instrumentos de conhecimento. Entre nós, não é preciso que se salve ninguém.

Os fusis, as religiões, a pobreza, são patrimônio de uma dialética assassina. Onde o que se legaliza é a escravidão e a pena de more.

E um amor, codificado no terreno da fidelidade e da segurança, falam, claramente, dos efeitos sobre o homem de uma dialética, que não aceita, nem ainda em suas transformações, a existência de mais de dois termos. Onde um tem o dom e o outro, o desejo.

Uma teoria, construída por indígenas diante da descoberta da possibilidade especular.

Uma religião construída sobre o medo à morte dá como resultado uma sociedade escravagista, onde o gozo tem a ver sempre com a morte, porque o desejo tem quem não sabe, quem no tem, quem não duvida, em fim, o desejo tem um perfeito idiota, condenado à morte.

Onde o saber, tem a ver com o poder, já que quem pode, por poder, não deseja e sabe.

Como vemos, uma teoria da dor, em todas direções.

(Continuará no Índio Gris 362)

Até quinta-feira.                               

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