Revista semanal pela Internet Índio Gris
Nº 325 ANO 2007 QUINTA-FEIRA
25 DE JANEIRO

 

UNE - DIRIGE - ESCREVE E CORRESPONDE: MENASSA 2007

NÃO SABEMOS FALAR, MAS O FAZEMOS EM VÁRIOS IDIOMAS
CASTELHANO, FRANCÊS, INGLÊS, ALEMÃO
ÁRABE, PORTUGUÊS, ITALIANO E CATALÃO

ÍNDIO GRIS É PRODUTO
DE UMA FUSÃO
O BRILHO DO GRIS
E
O ÍNDIO DO JARAMA
A FUSÃO COM MAIS FUTURO DO SÉCULO
XXI

Índio Gris


ÍNDIO GRIS Nº325

ANO VII

EDITORIAL


AO SUL DA EUROPA 

Hoje não daria nada por nada, estou bem como estou.
Hoje nem voar nem cair. Estou a uma altura normal, sou feliz.
Hoje nem me enamorar perdidamente nem ficar só.
Hoje, tendo coração, não sofro disso.
Talvez amanhã dando uma volta pelo pátio
sentirei que o pátio é muito pequeno para mim. 

Se perdesse o medo de ficar nu
na rua uma noite de inverno,
seguramente, deixaria tudo como está. Gosto de estar aqui,
sentado no pátio de minha casa, em Madrid, Praça de Espanha,
olhando os altos edifícios, as altas nuvens inalcançáveis
e me sinto feliz de viver na terra, sentado, se entende
numa cadeira pequena, no pátio de minha casa, em Madrid,
a um metro da praça, quase na Espanha. 

Gostaria de pulsar, dedilhar um violão,
mas não tenho unhas de violonista,
nem música nem luz nem tempo nem violão.
Assim que melhor que fique aqui,
sentado em minha cadeirinha, no meio de meu pátio,
como se meu pátio fosse parte do mundo
como se minha cadeirinha fosse pública, e me digo: 

Que bem que vivem as pessoas neste país!

Ao sul da Europa

 

POESIA, CARTAS DE AMOR, PSICOANÁLISE,
EROTISMO OU PORNOGRAFIA?
ALGO DE POLÍTICA OU COLETA DE LIXO
E CARTA DO DIRETOR

 

POSSO ESTAR CONTENTE
DE TÊ-LA CONHECIDO
 

Posso estar contente de tê-la conhecido,
algo dela recebi, algo lhe dei.

Mas hoje quereria falar do lado obscuro:
Quando eu lhe pedia seu verdadeiro amor,
seu corpo tremendo, sua alegria futura,
ela me dava suas dúvidas, sua vergonha.

E quando, sobressaltado por pensares
que vêm para nós do futuro,
lhe peço que voemos os dois juntos
pelos Orinocos amáveis do canto,

voar juntos, lhe digo,

pelos mundos onde a palavra
faz a música e a cor,
Ela, me dá seu medo,
seu amor paralisado,
um teatral antecipado
da morte.

Quando, ternamente, lhe peço que dancemos,
começa a mover suas nádegas com voluptuosidade,
me desafia e me chama por meus nomes próprios:
intelectual sem classe, poeta covarde, débil marica
e me pede, por favor, que a açoite antes de dançar.

Tiro o cinturão com elegância
e lhe digo, apertando os dentes:
Vamos ver, meu amor, mostra esse cuzinho
e ela vomita orgasmos por todo lado
quando lhe prometo próximo de seu ouvido,
agarra-la com paixão, sem debilidades.

Depois quando, ela,
começou a ganhar algo de dinheiro
fazíamos amor mais civilizados:
ela levantava a saia azulada
e oferecia suas nádegas quase perfeitas
ao castigo, que eu lhe assegurava
dia a dia em troca de seu amor para sempre.
E eu, sem beijá-la, sem acaricia-la como outrora,
lhe batia quatro ou cinco chicotadas, no cu,
sem me emocionar demais, quase friamente
e ela era muito feliz até a semana seguinte.

Quando passavam dois ou três dias
me dizia. Ainda sinto minhas nádegas,
é bonito ir com elas todo dia,
os homens me desejam nos sonhos
e as mulheres me invejam, sou feliz.

Até que um dia, cansada ou aborrecida
de gozar sempre da mesma maneira,
abandona o trabalho e fala entre amigas
de minha refinada, estudada, sutil crueldade.

Lhes conta, com todo luxo de detalhes,
os segredos da trepada, o gozo da terra
quando se rega com os líquidos do amor.
Seu sêmen caía por minha cintura, lhes conta,
como uma lágrima perdida, sem destino.

Eu me abria e ele caía em mim como a noite
e me inundava de infinito gozo e de dor
e eu me abria e ele seguia caindo, cada vez
mais longe do mundo, da civilização
e aí, quando até um velho teria me dado
de tê-lo pedido, lhe pedi que me batesse
e me pus em quatro patas e me abria mais
e ele, pobre homem hipnotizado pelo amor
distante, totalmente, de si mesmo, me batia,
apertava meu pescoço com firmeza e me batia.

Um dia se passou, me amou demais,
como um, verdadeiro, possuído,
como um louco.
Nenhuma palavra pode detê-lo
e me bateu e me bateu e me bateu
e alcançamos juntos o orgasmo
e foi por isso que não lhe vi mais.

Posso estar contente de tê-la conhecido

 

HÁ MOMENTOS
ONDE NÃO SE PODE MAIS

Há momentos onde não se pode mais.
Há dias onde a vida é inalcançável,
onde a dor produz pensamentos
de uma morte distante, aqui, comigo.

O futuro me chama com sua voz de delírio,
encurta as distâncias, pousa levemente
em meus cansados músculos, fecha meus olhos,
levanta a tampa de meus miolos e tudo é cinza.

Há dias onde não alcançam as palavras
nem as lembranças juvenis cheios de amor,
esses dias secos, retorcidos, sem lágrimas
onde a dor é tanta que não há dor.

Amada, amada minha, ajuda-me a esconder
estas páginas brancas para que ninguém saiba,
para que nunca ninguém conheça esta dor:

houve uma tarde, um dia, que não pude escrever.

Há momentos onde não se pode mais

Índio Gris

 

ISTO É PUBLICIDADE




 

GRUPO CERO EN LA RADIO

SÁBADOS A LAS 18,00 H

“UNA CITA CON LA PALABRA”
www.unacitaconlapalabra.com

celos, envidia, poesía, amor, cine,
odio, pintura, música, hombres, mujeres...

En el 918 AM
Radio Intercontinental – Agenda Madrid
www.radiointer.com

Teléfono: 91 758 19 40

Consulta con nuestros especialistas:
unacitaconlapalabra@grupocero.org

 

SÁBADOS A LAS 18,25 H

“LAS 2001 NOCHES”
www.las2001noches.com

Un programa de radio y algo más

dirigido por el poeta
MIGUEL OSCAR MENASSA

Dedicado totalmente a la poesía

Con la colaboración de la Juventud Grupo Cero e Indios Grises

Radio Intercontinental - En el 918 AM
www.radiointer.com

Teléfono: 91 758 19 40

 

GRUPO CERO EN LA TELEVISIÓN

En CANAL 7 TV

 SÁBADOS A LAS 12 H

“UNA CITA CON LA PALABRA”

celos, envidia, poesía, amor, cine,
odio, pintura, música, hombres, mujeres...

Consulta con nuestros especialistas:
unacitaconlapalabra@grupocero.org

Y si te has perdido algún programa puedes verlo en

www.unacitaconlapalabra.com

Teléfono: 91 758 19 40

 

LA POESÍA TAMBIÉN ES PARA TI
...SI QUIERES

GRUPO CERO
Abiertos todo el año
91 758 19 40

www.poesiagrupocero.com

 

Su salud dental
está más cerca que nunca

CLÍNICA DENTAL
GRUPO CERO

¡CONSÚLTENOS!

TEL. 91 548 01 65

 

CONSULTA 
GRUPO CERO

CONSULTA 
GRUPO CERO

Amelia Díez Cuesta
Psicoanalista

Carlos Fernández
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 402 61 93
Móvil: 607 76 21 04

MADRID
AMELIAA@terra.es

Pedir hora:  
91 883 02 13

ALCALÁ DE HENARES (MADRID)
carlos@carlosfernandezdelganso.com
www.carlosfernandezdelganso.com


CONSULTA 

GRUPO CERO
 

María Chévez
Psicoanalista

Pedir hora: 
91 541 75 13 
mariachevez@grupocero.org
 

 

AULA CERO DE IDIOMAS

Inglés-Francés-Español
CURSOS INTENSIVOS 
Tel. 91 542 42 85. De 8 a 22 horas
TODO EL AÑO
www.aulacero.com
idiomas@aulacero.com

 

CONSULTA GRUPO CERO
TRATAMIENTO DE PAREJAS

TALLER DE ENSAYO

Miguel Martínez Fondón
Psicoanalista

Coordinador: 
Juan Carlos De Brasi

Pedir hora: 91 682 18 95
GETAFE (MADRID)

91 547 56 64 (MADRID)

subir


Índio Gris